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Exposição na Universidade do Minho problematiza a fotografia colonial

A Universidade do Minho – através da Reitoria, do Museu Nogueira da Silva (MNS) e do Laboratório de Paisagens, Património e Território (Lab2PT) – inaugura esta sexta-feira, dia 30, a exposição “O Silêncio da Terra: visualidades (pós)coloniais intercetadas pelo Arquivo Diamang”.

 

A sessão decorre às 18h00, na Galeria do Paço, no centro de Braga, com intervenções do ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, do reitor da UMinho, Rui Vieira de Castro, da vice-reitora para a Cultura e Sociedade, Manuela Martins, e do diretor do Lab2PT, Jorge Correia. Vai estar também presente a equipa curatorial da exposição, formada por Duarte Belo, Fátima Moura Ferreira, Miguel Bandeira Duarte e Patrícia Leal, para além de outros colaboradores e artistas.

 
 

A exposição parte do estudo e problematização do arquivo fotográfico da Diamang, criado com o fim explícito de documentar a missão civilizacional empreendida pela empresa na Lunda (Angola), entre 1917 e 1974. Lado a lado, a fotografia colonial é intercetada por contranarrativas oferecidas pela arte pós-colonial, pondo a nu as contradições das narrativas instituídas. Os artistas representados são Alida Rodrigues, Ângela Ferreira, Catarina Simão, Délio Jasse, Filipa César, Francisco Vidal, Henrique Neves Lopes, Irineu Destourelles, Kiluanji Kia-Henda, Marilu Námoda, Mónica de Miranda, Nuno Nunes-Ferreira, René Tavares e Rita Raínho & Ângelo Lopes.

A exposição desdobra-se em dois locais. Na Galeria do Paço pode ver-se até 30 de junho uma seleção do arquivo fotográfico, intercetado com obras daqueles artistas. Já no Museu Nogueira da Silva, e até 10 de setembro, trabalha-se o arquivo histórico colonial sob três propostas: a residência artística de Délio Jasse, criada a partir do arquivo fotográfico da Diamang; o trabalho de Henrique Neves Lopes e os vídeos de Catarina Simão e Filipa César, que têm por base criativa materiais de arquivos coloniais; e a reprodução integral do acervo fotográfico da Diamang sediado no MNS.

 
 

O programa complementar da exposição inclui um ciclo de conferências semanais entre 14 de maio e 25 de junho, que integra ainda um ciclo de cinema; visitas organizadas e oficinas artísticas, ambas com marcações prévias através do MNS; e uma venda de livros.

Esta iniciativa é um dos resultados do projeto de investigação “Mapeamento e Sentidos Críticos do Arquivo Fotográfico da Empresa Companhia de Diamantes de Angola (Diamang)”, coordenado por Fátima Moura Ferreira, investigadora do Lab2PT e professora do Departamento de História do Instituto de Ciências Sociais da UMinho.

 

As instituições parceiras da exposição são a Direção-Geral do Património Cultural, a Rede Portuguesa de Museus, o Arquivo Distrital de Braga, o Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade, a Fundação para a Ciência e a Tecnologia, a Fundação de Serralves, as galerias Filomena Soares, Carlos Carvalho, Cristina Guerra e This Is Not a White Cube e a Associação Encontros da Imagem. Mais informações em diamang.lab2pt.net.

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