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Homem fere guarda da embaixada francesa na Arábia Saudita

As forças de segurança sauditas detiveram esta quinta-feira um cidadão que atacou um guarda do ​​​​​​​consulado francês na cidade de Jiddah, na Arábia Saudita, com um objeto pontiagudo, deixando-o com ferimentos ligeiros, informou a agência oficial saudita SPA.

 

A polícia da região de Meca “deteve um cidadão que atacou um guarda do consulado francês com um objeto pontiagudo, [tendo este ficado] ligeiramente ferido”, noticia a SPA sem mais pormenores.

 
 
policia

“O agressor foi imediatamente preso pelas forças de segurança sauditas após o ataque e o segurança levado para o hospital”, informou a embaixada francesa, em comunicado, garantindo que a vida do guarda não está em perigo.

“Apelamos aos nossos compatriotas na Arábia Saudita para estarem em alerta máximo”, aconselhou, no entanto, a embaixada.

 
 

O ataque acontece numa altura em que as tensões estão elevadas após o assassinato, em 16 de outubro, de um professor de História e Geografia francês por um extremista russo de origem chechena por ter mostrado caricaturas do profeta Maomé numa aula sobre liberdade de expressão.

A manhã desta quinta-feira tem sido marcada por ataques em França, um deles vitimou três pessoas em Nice e o outro não passou de uma tentativa de agressão com faca, que terminou com a morte do atacante, em Avignon.

 

Não é ainda claro se estes ataques estão relacionados com a polémica da morte do professor que mostrou as caricaturas e que gerou protestos em todo o mundo muçulmano.

Na Arábia Saudita, que abriga alguns dos locais mais sagrados do Islão, o caso provocou muitas críticas a França, mas muito mais discretas do que em outros países.

 

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Arábia Saudita garantiu que o reino “rejeita qualquer tentativa de vincular o Islão ao terrorismo”, enquanto as autoridades religiosas condenaram as caricaturas, mas pediram ao profeta para fornecer “misericórdia, justiça e tolerância”.

Nos últimos dias surgiram muitas reações de muçulmanos contra a França e o presidente depois de Emmanuel Macron ter defendido a liberdade de expressão, incluindo a publicação de caricaturas, durante uma homenagem ao professor Samuel Paty, decapitado nos arredores de Paris, em 16 de outubro, porque mostrou caricaturas de Maomé aos seus alunos numa aula sobre liberdade de expressão.

 

In:JN

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