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Legislativas 2022: Movimento “Não às Minas ” quer saber qual a posição dos partidos sobre a exploração do Lítio em Portugal

O Movimento Não às Minas – Montalegre, em comunicado enviado à nossa redação, informou que solicitou a todos partidos políticos concorrentes às eleições legislativas de 30 de Janeiro, uma posição clara e inequívoca sobre a exploração mineira promovida pelo Governo em território nacional e, em particular, “na região de Barroso – Montalegre e Boticas, para a qual estão previstos 22 projectos, num território de apenas 1128 km2 de área, repartidos por 7 concessões de exploração, 1 contrato de prospecção e pesquisa, 3 pedidos de prospecção e pesquisa, 4 pedidos de concessão de exploração e 7 pedidos de prospecção e pesquisa que estão em suspenso.

 
Mina Litio
Imagem Ilustrativa


Segundo este movimento “Importa saber se são a favor ou se são contra o plano de fomento mineiro em curso e, sendo contra, que iniciativas tomarão para o travar, pois trata-se de uma questão de grande relevância não só para o futuro do país, mas também para o futuro das populações e das respectivas regiões impactadas.

 
 


O Movimento Não às Minas – Montalegre, entende que é “uma questão incómoda, daí a sua ausência nos debates televisivos intrapartidários, no entanto, insistimos na necessidade de todos os partidos que se apresentam a sufrágio, tornem públicas as suas posições relativamente à exploração mineira de lítio, volfrâmio e outros minerais, para que os eleitores e, em particular, as populações directamente afectadas pelas consequências dessas mesmas explorações, possam votar de uma forma esclarecida e em conformidade com os princípios que defendem.”


O comunicado refere ainda que , “A exploração mineira, sobretudo a céu aberto, acarretará prejuízos, incomensuravelmente, superiores aos benefícios e, é um modelo de desenvolvimento desadequado para regiões classificadas e áreas protegidas sensíveis. Questionamos se fará algum sentido permitir a abertura de grandes crateras a céu aberto em regiões classificadas como Património Agrícola Mundial (FAO) ou Reserva da Biosfera Transfronteiriça Gerês-Xurés (UNESCO)? Não deverão essas regiões enveredar por modelos de desenvolvimento assentes no turismo, nas actividades de natureza e na diversificação e transformação dos produtos locais de elevada qualidade?

 
 


A imposição da exploração mineira contra a vontade das populações locais não é uma atitude digna de um país pertencente à União Europeia e nunca será aceite pelas pessoas. É uma prática condenável a vários níveis, antidemocrática e própria de outras latitudes”, remata o comunicado enviado.

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