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Os 10 jogadores minhotos mais valiosos da atualidade

Dois distritos, 24 municípios, quase 5.000 km2,1,2 milhões de habitantes e muito futebol. É assim o Minho, palavra que desapareceu do vocabulário administrativo mas não do vocabulário quotidiano dos portugueses.

 
10 jogadores minhotos avaliados num total de 62,5 milhões de euros

Em termos futebolísticos, tem tido no Sp. Braga e no Vitória de Guimarães os seus principais representantes: 64 presenças na I Divisão, duas Taças de Portugal, duas Taças da Liga, uma Taça Intertoto e uma final da Liga Europa para os bracarenses; 75 participações no primeiro escalão, uma Taça de Portugal e uma Supertaça Cândido de Oliveira para os vimaranenses.

 
 

Tiago (Viana do Castelo), Fernando Meira e Vieirinha (Guimarães), Vítor Paneira e Quim (Vila Nova de Famalicão) e Capucho e Hugo Viana (Barcelos) são alguns dos jogadores minhotos mais emblemáticos de sempre.

Vale por isso a pena conhecer a lista dos 10 jogadores minhotos mais valiosos da atualidade, segundo o portal transfermarkt. No total, estão avaliados em 78,5 milhões de euros.

 
 

Menção honrosa: Tomané (2 milhões de euros)
Nascido há 27 anos em Fafe, Tomané começou a jogar futebol no distrito do Porto, mais precisamente no Boavista. De lá rumou ao Vitória de Guimarães em iniciado, começando aí um percurso de cerca de uma década no emblema vimaranense, tendo feito a estreia pela equipa principal ainda em idade de júnior, em agosto de 2010, pela mão de Manuel Machado. Porém, nas épocas seguintes esteve emprestado ao Limianos e rodou na equipa B do Vitória antes de se estabelecer no plantel principal em 2013-14, sob o comando técnico de Rui Vitória.
Em janeiro de 2016 emigrou pela primeira vez, tendo sido emprestado ao Duisburgo, da II liga alemã, mas a experiência não correu bem, tal como não correu a que se seguiu no campeonato grego, ao serviço do Panetolikos.

Em janeiro de 2017 o avançado regressa a Portugal pela porta do Arouca, mas desce de divisão. No entanto, foi contratado no verão desse ano pelo Tondela, clube que lhe possibilitou as duas melhores temporadas enquanto futebolista profissional: 9 golos em 2017-18 e 14 em 2018-19.

 

No verão do ano passado transferiu-se para os sérvios do Estrela Vermelha de Belgrado, que possibilitaram jogar na Liga dos Campeões frente a Olympiacos e Tottenham.
Em termos de seleções nacionais soma 13 internacionalizações, distribuídas pelos escalões de sub-18, sub-19 e sub-21.

  1. Tozé (2,5 milhões de euros)

Natural de Forjães, no concelho de Esposende, deu os primeiros toques na bola ao serviço do clube local, o Forjães Sport Clube, que o projetou para o FC Porto em idade de iniciado. De dragão ao peito completou a formação, fez-se internacional pelas seleções jovens, foi campeão de júnior e chegou a jogar pela equipa principal por duas vezes, a primeira com Vítor Pereira em fevereiro de 2013 e a segunda com Luís Castro em maio de 2014, curiosamente ambas frente ao Olhanense.
Tozé não encontrou espaço do plantel principal, mas a equipa B já era curta para ele, até porque brilhou na II Liga em 2013-14 ao ponto de ter apontado 21 golos (!), um registo digno de avançado e absolutamente fantástico para um médio.

 

Em 2014-15 foi emprestado ao Estoril, onde voltou a mostrar bom nível. Quando assinou pelo Vitória de Guimarães no verão de 2015, tudo apontava para que estivesse a dar um passo seguro na carreira, mas sentiu bastantes dificuldades de afirmação na Cidade-Berço. Em 2017-18 chegou mesmo a ser cedido ao Moreirense, o que lhe fez bem, pois reencontrou o seu nível exibicional e manteve-o no regresso aos vimaranenses na época seguinte, quando voltou a trabalhar com Luís Castro.
Porém, no final dessa temporada terminou contrato com o Vitória, não quis renovar e rumou no último verão ao Al-Nasr, clube pelo qual já ganhou uma Taça da Liga dos Emirados Árabes Unidos. É no Dubai que vai evoluindo (e ganhando dinheiro…), aos 27 anos.
Apesar do sucesso das época mais recentes, é um caso de uma promessa adiada, que muito prometeu ao serviço das seleções jovens, que representou por 65 vezes (dos sub-15 aos sub-21) e representou nos Europeus de sub-19 em 2012 e de sub-21 em 2015 e no Mundial de sub-20 em 2013.

  1. Yuri Ribeiro (3 milhões de euros)

Nascido há 23 anos em Vieira do Minho, começou a jogar futebol em tenra idade, na Escola De Formação Futebol Os Craques. De lá saltou para o Sp. Braga na transição de infantil para iniciado, tendo rumado para o Benfica dois anos depois, em 2012.
Logo na primeira época de águia ao peito, foi campeão nacional de juvenis ao lado de jogadores como Rúben Dias, Pêpê, Renato Sanches, Gonçalo Guedes e Diogo Gonçalves. Foi nessa altura que amealhou as primeiras internacionalizações, pelos sub-16.
Após ter completado a formação, estreou-se pela equipa principal em 2016-17, tendo contribuído para a conquista da Taça de Portugal ao atuar os 90 minutos numa eliminatória com o Real SC. Nessa temporada também jogou para a Taça da Liga, mas não somou qualquer minuto no campeonato e por isso não fez parte da lista de campeões.
Na época seguinte esteve cedido ao Rio Ave, mas quando voltou esbarrou em Grimaldo, titular indiscutível no lado esquerdo da defesa encarnada. Ainda somou sete jogos, mas nenhum na I Liga, ou seja, voltou a fazer parte de um plantel campeão mas não conseguiu acrescentar o título ao seu currículo.
Desde o verão passado que joga no Championship, a II liga inglesa, ao serviço do histórico Nottingham Forest, que ocupa um dos lugares de acesso ao playoff de promoção à Premier League.
Em termos internacionais soma 66 jogos pelas seleções jovens, dos sub-16 aos sub-21, tendo marcado presença no Europeu de sub-17 em 2014, no Europeu sub-19 em 2016 e no Mundial sub-20 em 2017.

 
  1. Tiago Sá (3 milhões de euros)

Natural de Moure, concelho de Vila Verde, tem feito o seu trajeto no futebol quase em exclusivo no Sp. Braga. Desde que começou a jogar a um nível federado, em 2005-06, só em parte da época de 2009-10 esteve noutro clube, o Vila Chã, numa altura em que ainda era iniciado.
No emblema bracarense tornou-se internacional pelas seleções jovens portuguesas, conquistou o título nacional de juniores em 2013-14 e venceu a Taça da Liga em 2019-20, tendo já amealhado quatro centenas de jogos pela equipa principal e 127 encontros ao serviço dos bês.

Aos 25 anos, este guarda-redes 22 vezes internacional jovem português (dos sub-18 aos sub-20), que representou o país no Europeu de sub-19 em 2014 e no Mundial de sub-20 em 2015, procura afirmar-se no clube de sempre perante a feroz concorrência de Matheus e Eduardo.

  1. José Sá (3,5 milhões de euros)

Mais um guarda-redes, este nascido há 27 anos em Braga mas que, curiosamente, nunca esteve ligado ao Sp. Braga. Foi no Palmeiras Futebol Clube e no Merelinense que fez a maior parte da formação, tendo rumado ao Benfica a meio do primeiro ano de júnior e ao Marítimo na temporada seguinte.
Na Madeira entrou para o futebol profissional em 2012-13, pela porta da equipa B, o que lhe valeu a chamada ao Campeonato do Mundo de sub-20 no final dessa época. Na temporada seguinte estreou-se na baliza da equipa principal, mas sentiu sempre grandes dificuldades em afirmar-se como titular indiscutível nos madeirenses, embora fosse o dono da baliza da seleção nacional sub-21 que fez o apuramento e participou no Europeu de 2015.
Ainda assim, conseguiu convencer o FC Porto a contratá-lo em janeiro de 2015 após 24 jogos em duas épocas e meia no plantel principal dos maritimistas. No Dragão começou pela equipa B mas só em 2017-18 saiu durante algum tempo da sombra de Iker Casillas, assumindo a titularidade durante cerca de quatro meses antes da a perder no final da temporada.
Depois rumou aos gregos do Olympiacos. Na época passada por empréstimo dos dragões, mas em 2019-20 já vinculado ao emblema do Pireu a título definitivo.
Em termos de seleções nacionais soma 31 internacionalizações desde os sub-20 à seleção olímpica. Desde 2017 que é chamado com alguma regularidade à seleção principal e até esteve na Taça das Confederações em 2017, mas ainda não se estreou.

  1. Nélson Oliveira (3,5 milhões de euros)

De Braga para Barcelos e da baliza para a frente de ataque. Nélson Oliveira deu os primeiros toques na bola no Santa Maria, de Santa Maria de Galegos, e foi de lá que saltou para o Sp. Braga em infantil. Passou pelo Bairro da Misericórdia em iniciado, mas voltou aos bracarenses antes de se transferir para o Benfica na transição de iniciado para juvenil.
Em 2007-08 venceu o título nacional de juvenis e no início da época seguinte foi convocado por Quique Flores para um encontro da Taça UEFA diante do Nápoles na Luz (2-0), não tendo saído do banco.

Seguiram-se duas épocas de empréstimos a clubes da I Liga: a primeira no Rio Ave quando ainda era júnior de primeiro ano, a segunda no Paços de Ferreira. Só em 2011-12, depois de ter brilhado na campanha de Portugal até à final do Mundial sub-20 de 2011, é que foi integrado na equipa principal, então às ordens de Jorge Jesus. Mesmo sendo pouco utilizado, ajudou o Benfica a vencer a Taça da Liga e convenceu Paulo Bento a convocá-lo para o Euro 2012.
Seguiram-se novos empréstimos, desta vez para o estrangeiros: Deportivo da Corunha em 2012-13, Rennes em 2013-14, Swansea na segunda metade de 2014-15 e Nottingham Forest em 2015-16. Reencontrou-se com os golos nesta última cedência, na II liga inglesa, campeonato em que continuou nos anos seguintes, ao serviço de Norwich e Reading, numa fase em que já não tinha qualquer vínculo às águias.
Após ter descido de produção nas duas últimas épocas em Inglaterra, transferiu-se no verão do ano passado para os gregos do AEK Atenas, clube em que se vai afirmando, aos 28 anos.
Em termos de seleções nacionais, contabiliza um total de 87 internacionalizações e 27 golos, sendo que 17 jogos e dois remates certeiros foram ao serviço dos AA, aos quais foi chamado pela última vez em agosto de 2017.

  1. Paulinho (6 milhões de euros)

Continuemos com avançados naturais de Barcelos e que deram os primeiros passos no futebol nas camadas jovens do Santa Maria. No caso de Paulinho, 27 anos, o clube barcelense foi o único que conheceu durante a sua formação e o que lhe abriu as portas do futebol sénior, na III Divisão, em 2010-11.
No verão de 2012 deu o salto para o Trofense, na II Liga, e na época seguinte voltou a Barcelos para representar o principal clube da cidade, o Gil Vicente, pelo qual se estreou na I Liga. Porém, só se conseguiu afirmar nos gilistas quando estes regressaram ao segundo escalão, em 2015. Quase 30 golos em duas épocas catapultaram-no para o Sp. Braga, onde se tem destacado.
Pelos bracarenses contabiliza já quase 50 golos em mais de duas épocas e meia, o que em 2018 lhe valeu a pré-convocatória para o Campeonato do Mundo, embora não tenha feito parte da lista final de Fernando Santos.
Em termos de seleções nacionais contabiliza apenas uma internacionalização pelos sub-21, um particular diante da Escócia em novembro de 2012.

  1. Paulo Oliveira (6 milhões de euros)

Da frente de ataque para o eixo da defesa, percorrendo os 20 quilómetros que separam Barcelos e Vila Nova de Famalicão, encontramos Paulo Oliveira. Foi no clube da terra, o Famalicão, que começou a jogar futebol, tendo rumado ao Vitória de Guimarães na transição de infantil para iniciado.
Aos vimaranenses esteve ligado durante nove anos. Enquanto júnior foi convocado para jogos da equipa principal por Paulo Sérgio (2009-10) e Manuel Machado (2010-11). Quando subiu a sénior ganhou rodagem no Penafiel, na II Liga, antes de voltar ao D. Afonso Henriques para se afirmar em definitivo. Em 2012-13 começou por jogar pela equipa B, mas rapidamente foi promovido por Rui Vitória, tornando-se num dos esteios de uma campanha que culminou com a conquista da Taça de Portugal.

Depois de mais uma época nos vimaranenses, deu o salto para o Sporting, clube pelo qual ganhou a segunda Taça de Portugal da carreira, em 2014-15, sob a orientação de Marco Silva. Na temporada seguinte, com Jorge Jesus, começou como titular indiscutível, mas a meio passou para a condição de suplente, em virtude da contratação de Coates e do regresso de Rúben Semedo, que tinha estado cedido até janeiro ao Vitória de Setúbal.
Em 2016-17 voltou a estar tapado e no verão de 2017 transferiu-se para os espanhóis do Eibar, onde ainda hoje permanece, aos 28 anos, levando já mais de 70 jogos na liga espanhola.
Relativamente à sua carreira internacional, soma um total de 47 internacionalizações (e quatro golos) desde os sub-17 aos AA, ainda que só por uma vez tenha jogado pela seleção principal, num particular diante da Cabo Verde em março de 2015. Três meses depois, esteve em bom plano no Campeonato da Europa de sub-21.

  1. Pedro Neto (13 milhões de euros)

O Minho futebolístico não se esgota no distrito de Braga. Também há talento no de Viana de Castelo. Que o diga o extremo Pedro Neto, que aos 20 anos já movimentou quase 35 milhões em transferências.
Os primeiros passos no futebol foram dados no Vianense, ainda em traquina. No último ano de benjamim mudou-se para o Perspectiva em Jogo, da zona de Lanheses, e em iniciado deu o salto para o Sp. Braga.
Nos arsenalistas completou a formação, à exceção de um ano de empréstimo aos juvenis do Palmeiras, e fez a estreia no futebol sénior ainda em idade de… juvenil. Tinha 17 anos, dois meses e cinco dias quando jogou pela primeira vez pela equipa principal, tendo apontado um golo nesse jogo, ao Nacional da Madeira (0-1), na penúltima jornada da I Liga de 2016-17. Na semana anterior, tinha feito a estreia pelos bês no segundo escalão.
Na temporada seguinte foi cedido aos italianos da Lazio, que pagaram 7,5 milhões de euros pelo empréstimo e um ano depois mais 8,5 milhões pela transferência a título definitivo. Em Roma não foi além de cinco jogos pela equipa principal, mas ainda assim convenceu o Wolverhampton a pagar 18,3 milhões de euros pelo seu passe no verão do ano passado.
Apesar da pouca experiência, tem-se dado bem em Inglaterra: soma cerca de três dezenas de encontros na época de estreia nos wolves e três golos em todas as competições.
Em termos de seleções nacionais, soma 31 internacionalizações desde os sub-17 aos sub-21, tendo participado no Campeonato do Mundo de sub-20 em 2019.

  1. Trincão (18 milhões de euros)

Se Viana do Castelo tinha demorado a aparecer nesta lista, agora surge pela segunda vez no pódio, novamente com um extremo natural da capital de distrito. Francisco Trincão, 20 anos, é um dos maiores talentos portugueses da famosa geração de 1999.
Depois de ter começado a jogar futebol no Vianense, passou pelo FC Porto, voltou ao Vianense e chegou ao Sp. Braga no segundo ano de infantil, em 2011, iniciando aí uma ligação que se vai manter até ao final ao verão de 2020, quando se mudar para o Barcelona, que já pagou 31 milhões de euros pelos seu passe e blindou-o com uma cláusula de rescisão de 500 milhões de euros.

Nos arsenalistas, tal como Pedro Neto, fez toda a formação à exceção do primeiro ano de juvenil, em que esteve cedido ao Palmeiras. A estreia pela equipa B aconteceu na época seguinte, em 2015-16, aos 16 anos, cinco meses e 16 dias.
Porém, teve de esperar mais de dois anos e meio para jogar pela primeira vez pela equipa principal, em dezembro de 2018, na véspera de comemorar 19 anos, já depois de se ter sagrado campeão europeu de sub-19. Depois de ter sido lançado aos poucos por Abel Ferreira na época passada, tem jogado com regularidade sob o comando técnico de Ricardo Sá Pinto e Rúben Amorim nesta temporada, tendo contribuído para a conquista da Taça da Liga. Ainda não é titular indiscutível no Sp. Braga, mas o Barcelona já assegurou a sua contratação para a próxima época, por 31 milhões de euros.
Em termos de seleção nacional soma 43 internacionalizações e 14 golos desde os sub-17 aos sub-21.

  1. Diogo Dalot (20 milhões de euros)

Nascido há quase 21 anos em Braga, Diogo Dalot iniciou o seu percurso futebolístico nos benjamins da Escola de Formação Fintas e de lá saltou diretamente para o FC Porto ainda em tenra idade.
A ligação aos dragões durou uma década, com curtas passagens por Dragon Force e Padroense pelo meio, e ficou marcada pela conquista de um título nacional de juniores (2015-16) e outro de seniores (2017-18), este último conquistado quando ainda tinha idade de júnior.
Paralelamente foi fazendo um percurso interessantíssimo nas seleções jovens portuguesas, coroado com a conquista do Campeonato da Europa de sub-17 em 2016, por 62 internacionalizações desde os sub-15 aos sub-21 e pela participação nos Europeus de sub-19 em 2016 e 2017 e nos Mundiais de sub-20 em 2017 e 2019. E só não esteve no Europeu de sub-19 em 2018, que Portugal venceu, porque estava lesionado.
Apesar dessa lesão, transferiu-se no verão de 2018 para o Manchester United, clube pelo qual vai jogando aos poucos. Na época de estreia somou 23 jogos, nesta leva apenas sete mas já apontou um golo numa goleada ao Tranmere Rovers na Taça de Inglaterra.

Texto: David Pereira | O Blog do David

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