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Politécnico de Viana do Castelo ajuda no combate às espécies invasoras aquáticas

Transformar a ciência em técnica é o objetivo da plataforma SINVAQUA, criada pelo Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC), no âmbito do projeto com o mesmo nome. “Esta plataforma torna visível muito do trabalho feito até agora, operacionalizando as decisões de quem está no terreno já que o sistema permite a deteção remota e a resposta rápida à disseminação de plantas exóticas invasoras aquáticas”, explica o coordenador do projeto, Joaquim Mamede Alonso, anunciando a realização de um seminário, no dia 9 de maio, para dar a conhecer o projeto e a plataforma e de um workshop, no dia 13 de maio, direcionado para os técnicos.

 
ipvc

Financiado pelo Fundo Ambiental, o projeto SINVAQUA é coordenado e promovido pelo IPVC, contando com a participação também do Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos (CIBIO) da Universidade do Porto. “Esta projeto surge na linha de trabalho e investigação que temos vindo a desenvolver e esta plataforma acaba por ser uma peça muito importante já que permite transportar para a sociedade o trabalho que realizamos até aqui”, justifica o docente da Escola Superior Agrária (ESA-IPVC), Joaquim Mamede Alonso, evidenciando que o sistema está a ser desenvolvido e testado para duas espécies alvo a elódea-densa (𝘌𝘨𝘦𝘳𝘪𝘢 𝘥𝘦𝘯𝘴𝘢) e o jacinto-de-água (𝘌𝘪𝘤𝘩𝘩𝘰𝘳𝘯𝘪𝘢 𝘤𝘳𝘢𝘴𝘴𝘪𝘱𝘦𝘴) em duas áreas geográficas teste, o Rio Lima e o Rio Cávado.

 
 

Este sistema poderá constituir “uma importante ferramenta” de apoio ao Plano Nacional de Prevenção e Gestão de Espécies Exóticas Invasoras e de capacitação de profissionais e entidades gestoras, nomeadamente o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), os municípios e as associações de conservação.

A plataforma “será um contributo para o avanço da investigação portuguesa na interface academia sociedade-empresas-governança, através do reforço do conhecimento ambiental e da inovação dos métodos de deteção numa aposta digital”, acredita o coordenador do SINVAQUA, referindo que o sistema permite a melhoria dos processos de aquisição, o acesso, o tratamento e classificação das imagens, a cartografia de áreas invadidas, bem como o suporte à monitorização e gestão destes espaços e processos de invasão em tempo oportuno e de forma colaborativa entre os cidadãos, investigadores e técnicos.

 
 

“A partir de imagens satélite, os técnicos podem acompanhar zonas específicas e isso vai permitir intervir e limpar antecipadamente”, exemplifica Joaquim Mamede Alonso, destacando aqui a possibilidade de se tomar decisões atempadas em matéria de invasão biológica e conservação da natureza com base em conhecimento específico do local. Mas este sistema vai permitir ainda “reduzir esforços no acompanhamento e monitorização de alterações territoriais in loco por parte dos técnicos municipais/locais, proporcionando ganhos na coordenação e planeamento de ações de controlo de plantas exóticas invasoras aquáticas”, garante.

Técnicos conhecem projeto e recebem formação para utilização da plataforma

 

Para apresentar o projeto e respetiva plataforma realiza-se no próximo dia 9 de maio um seminário/webinar no Auditório Prof. Eugénio Castro Caldas, na ESA-IPVC, que poderá ser também acompanhado on-line.

A sessão começa, pelas 10 horas, com o coordenador do projeto, seguindo-se a intervenção de Joana Vicente sobre “Invasões de plantas exóticas em meio aquático”. A georreferenciação, análise espectral e modelação espacialmente explícita de jacinto de água” é o tema abordado por Nuno Mouta e João Gonçalves vai ainda falar sobre as “Vantagens do uso da plataforma cloud-based Google Earth Engine para a monitorização de espécies invasoras”. Antes da conclusão do seminário/webinar, Pedro Castro vai apresentar a Plataforma on line SINVAQUA e Eva Pinto vai dar a conhecer o “Guia de boas práticas para a gestão de espécies exóticas invasoras”.
Já no dia 13 de maio, o Auditório Prof. Eugénio Castro Caldas, na ESA-IPVC, recebe um workshop mais direcionado para os técnicos.

 

A sessão começa com o resumo dos principais conhecimentos divulgados no seminário e a descrição do plano de atividades com a participação de Joaquim Mamede Alonso e Joana Vicente. Segue-se um trabalho de campo, onde os participantes vão ter a oportunidade de fazer o levantamento de imagens com drones com Nuno Mouta, Renato Silva e Cristiano Barros.

De regresso à ESA-IPVC, os participantes vão conhecer a produção de ortofotomapas, o tratamento radiométrico e a definição de áreas de treino também coo Nuno Mouta, Renato Silva e Cristiano Barros.

 

Depois da pausa para almoço, os participantes vão experimentar e fazer exercícios na plataforma SINVAQUA com Pedro Castro e André Correia. Antes do encerramento do workshop, Eva Pinto e Joana Vicente vão falar da “Gestão da invasão do jacinto-de-água e da elódea-densa”.

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