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Portugal fica em 12º lugar na 65ª edição do Festival Eurovisão da Canção

No próximo ano, a Eurovisão viaja até Itália. O grupo Mäneskin venceu a 65ª edição do Festival Eurovisão da Canção com o tema “Zitti E Buoni”. Itália tinha vencido o concurso pela última vez em 1990.

 
Piroschka van de Wouw – Reuters

“Rock and Roll never dies” ou “O rock and roll nunca morrerá”. Foi a mensagem com que a banda italiana de glam rock Mäneskin reagiu em palco à vitória deste sábado. Ao conquistar o televoto, a ruidosa “Zitti E Buoni” derrubou o favoritismo das entradas da Suíça e de França por parte do júri profissional.

 
 

É também a primeira vez desde 2010 que um país dos “big five” vence o festival, numa final renhida e emocionante em que a classificação final ficou por definir até ao último momento.

Mas se Itália e França ficaram destacadas no topo da tabela, as restantes quatro músicas que se apuraram automaticamente para a final (por pertencerem aos big-five ou o país anfitrião) ficaram no extremo oposto, ocupando os últimos quatro lugares, com destaque para a música do Reino Unido, que não recebeu qualquer ponto do júri ou do televoto.

 
 

Antes da vitória desta noite, Itália tinha vencido o Festival Eurovisão da Canção em 1964 e 1990. Este sábado, o país alcançou o primeiro lugar contabilizando um total de 524 pontos. Nos últimos dias, as casas de apostas já colocavam a música italiana no topo das favoritas à vitória.

Logo de seguida, em segundo lugar, ficou a França, com o tema “Voilá“, interpretado por Barbara Pravi (499 pontos), tema que também era apontado como um dos grandes favoritos deste ano. Em terceiro lugar ficou a Suíça, com o tema “Tout l’Univers“, que obteve 432 pontos.

 

Seguiram-se os Daði og Gagnamagnið, da Islândia, em 4º lugar, com a música “10 Years” (378 pontos) e a Ucrânia ficou em 5º lugar, com “Shum“, de Go_A (364 pontos). A Finlândia alcançou o 6º lugar com a música “Dark Side“, dos Blind Channel (301 pontos).
“Je Me Casse”, interpretada por Destiny (Malta), ficou em 7º lugar, com 255 pontos, seguida de “Discoteque”, do grupo The Roop, que representaram a Lituânia (no 8º lugar com 220 pontos).

A Rússia, com a música “Russian Woman”, de Manizha, ficou no 9º lugar (204 pontos) e a Grécia obteve 170 pontos com “Last Dance”, de Stefania. A Bulgária ficou em 11º lugar com o tema “Growing Up is Getting Old”, interpretado por Victoria.

 

A banda portuguesa The Black Mamba alcançou o 12ºlugar com o tema “Love Is On My Side”. Pela primeira vez, Portugal concorreu com uma canção totalmente cantada em inglês. A música foi composta por Tatanka, vocalista desta banda formada em 2010.

O resultado alcançado este sábado foi um dos melhores da história das participações portuguesas, tendo reunido um total de 153 pontos. 

 

Na última quinta-feira, os The Black Mamba tinham garantido a passagem à final ao ficarem entre as dez canções mais votadas na segunda semi-final.

Embora estando longe das principais favoritas à vitória, a canção de Portugal despertou a atenção da Europa, tendo chegado a alcançar o 8º lugar nas casas de apostas depois da atuação de quinta-feira.

Também de forma a aproveitar todo o entusiasmo criado à volta do certame, a banda portuguesa lançou por estes dias um novo single, “Crazy Nando”, cujo videoclipe foi gravado no hotel em que estiveram durante as últimas semanas, em Roterdão.
Portugal participou no concurso pela primeira vez em 1964, tendo vencido pela primeira e única vez em 2017 com o tema “Amar Pelos Dois”, interpretado por Salvador Sobral e composto por Luísa Sobral.

Mesmo no 12º lugar, o grupo The Black Mamba conquistou a segunda melhor pontuação portuguesa de sempre, ao ultrapassar os pontos alcançados por Lúcia Moniz em 1996, com o tema “O Meu Coração Não Tem Cor” (96 pontos). Eurovisão em pandemia
Devido à situação pandémica, todos os 39 países em competição nas semi-finais e final gravaram as respetivas atuações de forma a garantir a participação no certame, caso não fosse possível subir a palco ou viajar para Roterdão na altura do festival.

Na primeira semi-final, a Austrália – que participa no festival desde 2015 e acabou por não se qualificar para a final – participou com uma atuação gravada antecipadamente, uma vez que a delegação não pôde viajar para os Países Baixos.

Na segunda semi-final, os Daði og Gagnamagnið, da Islândia, não apresentaram a sua música ao vivo, já que um dos elementos da banda testou positivo à Covid-19, mas ainda assim conseguiram qualificar-se e participaram nesta final também por via da gravação de um ensaio.

Quem também testou positivo à Covid-19 foi Duncan Laurence, dos Países Baixos. O vencedor da anterior edição do Festival da Eurovisão, em 2019, com o tema “Arcade”, não esteve fisicamente na Ahoy Arena, em Roterdão, para passar o testemunho aos vencedores deste ano.

De recordar que em 2020, pela primeira vez desde a criação do Festival Eurovisão da Canção, em 1964, a União Europeia de Radiodifusão (EBU) cancelou o concurso que deveria ter ocorrido em maio do ano passado, considerando que não estavam reunidas todas as condições devido à situação pandémica.

Este ano, apesar da pandemia, as duas semifinais e também a final contaram com público a assistir ao vivo, com 3.500 bilhetes vendidos por espetáculo.

SIC Notícias

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