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Sinos das igrejas tocam a rebate para assinalar os 20 anos do Centro Histórico de Guimarães

Os sinos das igrejas do Centro Histórico de Guimarães vão tocar a rebate, hoje, segunda-feira, 13 de dezembro, quando o relógio assinalar 13h12m. Este momento simbólico pretende assinalar a passagem dos 20 anos da elevação de Guimarães a Património Cultural da Humanidade. Pelas 17h30, o Largo da Oliveira e Paço dos Duques de Bragança serão iluminados. Estas são algumas das iniciativas que constam do programa das comemorações, que decorrem desde a passada sexta-feira.

 
Guimarães

Nesta segunda-feira, está ainda previsto a inauguração de uma exposição fotográfica, às 16h30, designada “Património pela lente de Simão Freitas”, patente no Arquivo Municipal Alfredo Pimenta.

 
 

Pelas 18h30, será apresentado o livro “OsmusikéCadernos3 – Guimarães Património Mundial nos 20 anos da efeméride”, com sessão no Paço dos Duques de Bragança.

À noite, pelas 21h30, decorre o concerto do vimaranense Manuel de Oliveira. O músico vimaranense apresenta o novo álbum “Entre-Lugar”, no Centro Cultural Vila Flor. A entrada é livre, mas devem ser levantados bilhetes disponíveis na Loja da Oficina (Rua da Rainha) durante a manhã e na bilheteira do Centro Cultural Vila Flor, a partir das 18h00.

 
 

GUIMARÃES, PATRIMÓNIO MUNDIAL

O Comité do Património Mundial inscreveu o Centro Histórico de Guimarães na Lista de Bens Património Mundial em 13 de Dezembro de 2001. A classificação resultou, em grande medida, de um trabalho coordenado e motivado pelo Município tendo em vista a “recuperação do centro histórico de Guimarães”. Iniciado na década de oitenta, em especial a partir de 1985, o trabalho realizado no centro da cidade de Guimarães permitiu valorizar os espaços públicos do “centro histórico” e sua envolvente, bem como a recuperação do património edificado, maioritariamente privado, que carateriza a cidade. Neste processo foi mantida a população residente, como princípio, e foram criadas condições de atratividade para novos investimentos e novos residentes.

 

Ao longo de duas décadas de trabalho quotidiano, o Município, através de múltiplas equipas mas, em especial, do GTL (Gabinete Técnico Local) —equipa responsável pela gestão e coordenação dos processos na área do centro histórico—tornaram-se visíveis os resultados constituindo até caso de estudo para Universidades nacionais e internacionais.

Entre os reconhecimentos, destaca-se a inscrição, em 13 de dezembro de 2001, do “Centro Histórico de Guimarães” na lista dos sítios Património Mundial da Unesco, fortemente determinada pelos pareceres favoráveis dos peritos internacionais que identificaram em Guimarães valores de integridade e de autenticidade que lhe mereceram um lugar na lista da Unesco.

 

Passados 20 anos muitas têm sido as iniciativas, como a candidatura ao Prémio Europa Nostra e, em 2014, a decisão de início do processo de candidatura da Zona de Couros à lista do património Mundial. Em 2016 o Estado português incluiu o Centro Histórico de Guimarães e Zona de Couros (extensão) na Lista Indicativa de Portugal ao Património Mundial. Cinco anos depois, em 2021, a Câmara Municipal de Guimarães entregou à Comissão Nacional da Unesco a candidatura do “Centro Histórico de Guimarães e Zona de Couros” para inscrição na lista do Património Mundial.

Em causa está a extensão da área inscrita, passando a abarcar a Zona de Couros e envolvente sul do “Centro Histórico de Guimarães”, áreas urbanas tradicionalmente associadas ao Trabalho que se desenvolveram com o restante burgo pese embora apenas se tenha reconhecido, em 2001, a área delimitada pela muralha medieval como área Património Mundial.

 

Em cumprimento das orientações da UNESCO, foi desenvolvido um Plano de Gestão para o Centro Histórico de Guimarães e Zona de Couros. Como o nome explicita, o Plano considera como áreas de atuação as áreas propostas, para além das áreas já classificadas no passado. Entre os passos relevantes nos procedimentos de classificação do Centro Histórico de Guimarães e Zona de Couros destaca-se o procedimento, em curso, de classificação como Bem de Interesse Nacional (Monumento Nacional). 

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