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Recebeu uma chamada com o indicativo +216? Não devolva, é fraude

O JN relata na sua edição de hoje, que se recebeu uma chamada internacional de um número que não conhece, não devolva. Pode ser uma burla. O esquema é simples: dão um toque à espera que ligue de volta e, se o fizer, ser-lhe-á cobrado um valor que, dependendo do destino, poderá oscilar entre 60 e 77 cêntimos por minuto.

 

Nas últimas semanas, a Tunísia (com o indicativo +216) foi o principal país de origem do esquema que tem visado centenas ou milhares de clientes. Argélia, Marrocos, Congo e Tanzânia também estão na origem deste recurso que prejudica consumidores e operadoras de telecomunicações. As empresas já estão a alertar os clientes: não devolva a chamada.

 
 

“Nas últimas semanas, a Meo registou um maior volume de chamadas com origem internacional provenientes da Tunísia, Argélia, Marrocos, Congo e Tanzânia, possivelmente fraudulentas”, confirma fonte oficial da Altice. Para minimizar o possível risco para o cliente, a operadora “está a disseminar mensagens de alerta em todas as suas plataformas e canais de comunicação, incluindo call centers, onde os clientes são aconselhados a não atender e retornar chamadas para números internacionais que desconhecem, de forma a evitar custos acrescidos”.

A Vodafone tem vindo a detetar um “número anormal de chamadas vindas da Tunísia” entregues na sua rede. “Esta situação, à qual a Vodafone é completamente alheia, pode ser lesiva não só para os clientes como também para os operadores, razão pela qual alertamos os nossos clientes para os cuidados a ter relativamente a estas chamadas”, refere fonte oficial da empresa. Para alertar os clientes do potencial esquema, sempre que ligam de volta “ouvem uma mensagem a informar que a chamada para o destino tem custos adicionais”.

 
 

Da Tunísia chegou também um “volume anormal de chamadas” à rede da Nos, o que leva a operadora a suspeitar de fraude. E mais uma vez repetem a mesma recomendação.

Em causa pode estar um esquema que os especialistas designam “wangiri” e que tem como único beneficiário entidades criminosas. Detentores de bases de dados com números internacionais para os quais ligam de forma aleatória, essas entidades procuram gerar tráfego para o país de origem, pois recebem parte da receita gerada com essa chamada feita pelo cliente português.

 

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