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Uma História de amor entre duas crianças do mesmo sexo

 

 

A curta-metragem de animação “In a Heartbeat” contaria apenas mais uma história de um “fraquinho” entre colegas de escola, não fossem os protagonistas duas crianças de sexo masculino.

 
 

Beth David e Esteban Bravo, finalistas do curso de animação de uma universidade norte-americana, decidiram desenvolver o seu projecto de final de curso debruçados sobre a temática LGBT por acreditarem ser necessário desafiar a ideia pré-concebida de que os conteúdos com personagens homossexuais não são apropriados para consumo infantil. “O guião original continha uma história entre um rapaz e uma menina”, disse David à NBC News no dia 1 de Agosto. “Só quando decidimos que a história seria sobre uma atracção entre crianças do mesmo sexo é que a ideia começou a ganhar forma e a desenvolver-se. Percebemos que este filme poderia tornar-se muito especial para nós.” Esta é a história que ambos gostariam de ter visto em crianças, acrescentam. Para conseguirem realizar o filme, os estudantes lançaram, em 2016, uma campanha de crowdfunding.

O resultado foi surpreendente. Através do Kickstarter, obtiveram mais de 14 mil dólares para a produção do filme.

 
 

O sucesso da campanha e do trailer anteciparam o que viria a acontecer no momento do lançamento do produto final: em apenas um dia, “In a Heartbeat” já foi visto mais de 32 milhões de vezes nas plataformas Youtube e Vimeo. O segredo para o sucesso reside na escassez de conteúdos de animação infantil que representem crianças LGBTI, segundo Esteban. “Tem havido alguma expressão da comunidade LGBTI sobre a programação infantil — mas continua a ser muito raro que uma personagem LGBTI seja protagonista.

Especialmente num meio como o da animação, que é predominantemente direccionado a crianças e famílias”, disse Bravo à NBC News. “Esta é uma história inocente e ligeira sobre um rapaz que desenvolve um fraquinho por outro rapaz que nós esperamos que seja do agrado dos mais novos, independentemente do seu ‘background’.” As reacções têm sido positivas, em geral. “Quando a nossa página de Facebook foi lançada, houve uma onda de indignação vinda de uma parte estranha e zangada da internet, mas foi muito pálida em comparação com as mensagens de amor e apreço que recebemos.”

 

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