Aumenta para 37 número de casos de varíola-dos-macacos
A DGS informou na sexta-feira que já foram registados 37 casos de varíola-dos-macacos em Portugal.
“Foram confirmados mais 14 casos de infeção humana por vírus Monkeypox em Portugal, havendo, até ao momento, 37 casos confirmados nas regiões Norte, Lisboa e Vale do Tejo e Algarve“, refere a DGS, indicando que são aguardados “resultados relativamente a outras amostras.”
“Os casos identificados mantêm-se em acompanhamento clínico, encontrando-se estáveis e em ambulatório”, lê-se no comunicado da autoridade de saúde, enviado às redações.
A DGS refere ainda que “os novos casos foram confirmados pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA)” e que, entre as amostras disponíveis, “foi identificada, através de sequenciação, a clade (subgrupo do vírus) da África Ocidental, que é a menos agressiva”.
Estão a decorrer inquéritos epidemiológicos dos casos suspeitos que vão sendo detetados, com “o objetivo de identificar cadeias de transmissão e potenciais novos casos e respetivos contactos”.
A autoridade nacional de saúde recomenda aos “indivíduos que apresentem lesões ulcerativas, erupção cutânea, gânglios palpáveis, eventualmente acompanhados de febre, arrepios, dores de cabeça, dores musculares e cansaço”, que procurem aconselhamento clínico.
“Reforçam-se as medidas a implementar perante sintomas suspeitos, devendo os indivíduos abster-se de contacto físico direto com outras pessoas e de partilhar vestuário, toalhas, lençóis e objetos pessoais enquanto estiverem presentes as lesões cutâneas, em qualquer estadio, ou outros sintomas”, indica a DGS, que continua a acompanhar a situação a “nível nacional em articulação com as instituições europeias”.
Na sexta-feira, a Organização Mundial da Saúde (OMS) fez saber que “os recentes surtos registados até agora em 11 países são atípicos, uma vez que estão a ocorrer em países não endémicos”.
O vírus é endémico em algumas populações animais em vários países, levando a surtos ocasionais entre pessoas locais e viajantes.
Em comunicado, a agência da Saúde das Nações Unidas sublinhou que está a trabalhar com os países afetados e outros países para expandir a vigilância da doença, para encontrar e apoiar as pessoas que podem ser infetadas e fornecer orientações sobre como gerir a doença.