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Biblioteca Municipal de Vila Verde inaugurou exposição dedicada ao traje e ao trajar do Baixo Minho

Com vista à valorização de um dos maiores legados do património da região, a Biblioteca Municipal Professor Machado Vilela, em Vila Verde, inaugurou na noite de sábado, uma exposição dedicada “ao Traje e ao Trajar do Baixo Minho”, organizada pela Rusga de S. Vicente de Braga e pela Câmara Municipal de Vila Verde. 

 

A exposição “O Traje e o Trajar Popular no Baixo Minho – Finais do Sec. XIX, primeiras décadas do Séc. XX” é constituída por três núcleos temáticos, integrando peças soltas do trajo feminino e masculino, manequins que exibem algumas tipologias mais usuais e também os tradicionais agasalhos femininos, como xailes e mantas, quer em cores, tecidos ou padrões. 

 
 

Na inauguração da exposição, a presidente da Câmara de Vila Verde, Júlia Rodrigues Fernandes fez questão de salientar a importância de manter a tradição do traje minhoto, «legado que tanto engrandece e diferencia a região». 

«É para nós um motivo de orgulho poder apreciar a tradição do nosso povo e sua indumentária que tanto nos diferencia. É extremamente importante que os nossos ranchos continuem a manter este maravilhoso legado, que representa uma grande mais-valia do património que caracteriza e identifica a nossa região», defendeu Júlia Fernandes. 

 
 

José Pinto, membro da Rusga de S. Vicente, explicou que com esta exposição a associação pretende «desmistificar alguns preconceitos sobre a indumentária do traje do Baixo Minho». 

A cerimónia de abertura contou com os cantares do Rancho Folclórico de Marrancos, representado também por Abílio Ferreira, seguindo-se uma visita guiada a todos os núcleos da exposição. 

 

A exposição pode ser apreciada até 15 de julho. No primeiro e principal núcleo, entre as peças soltas do trajo feminino e masculino pode-se encontrar saias debaixo (brancas ou saiotes de cor), ceroulas, camisas de dormir, camisas e saias de fora, aventais, coletes e corpetes, algibeiras, calças, jaquetas, capotilhas, capas ou capotes, socos, chinelos, sapatos, chancas, passando pela diversidade de adornos em ourivesaria, até aos adereços mais característicos de cada tipologia do trajar. Algumas das peças soltas ou combinadas expostas possuem referências específicas quanto à sua “função” e “modos de uso”. 

No segundo núcleo temático, composto por manequins que exibem algumas tipologias mais usuais e identificativas do trajar popular baixo-minhoto, estão patentes trajos/fatos de cerimónia, de festa e de cotio (uso diário), quer sejam de mulher (em maior número), quer sejam de homem. Delas, são os trajos ricos pretos das lavradeiras abastadas, trajos com capotilha, com chapelinho, com lenços franjados e cachenês ou simplesmente de lenços traçados. Deles, são os trajos de jaqueta de fazenda ou pelúcia, coletes e camisas marcadas (bordadas) a várias cores, calças e faixas. 

 

 No terceiro e último núcleo temático da exposição, juntamente com os tradicionais agasalhos femininos, está um conjunto de lenços de cabeça e de traçar ao peito. Os espécimes apresentados tentam mostrar a diversidade quer de materiais (como sedas naturais, algodões, lãs, cambraias, tules, linhos entre outros), quer dos motivos que os enformam (florais, geométricos e vegetalistas). 

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