Marta temido demite-se reclamando falta de condições para continuar no cargo
Esta decisão surgiu horas depois de uma grávida morreu enquanto estava a ser transferida porque havia falta de vagas no Hospital de Santa Maria.
Marta Temido apresentou formalmente a demissão, anunciou o Ministério da Saúde em comunicado. Segundo a nota, enviada às redações na madrugada desta terça-feira, Marta Temido apresentou a demissão ao primeiro-ministro, António Costa, “por entender que deixou de ter condições para se manter no cargo”.
O pedido de demissão foi aceite por António Costa, que adiantou, também em comunicado, que já informou Marcelo Rebelo de Sousa.
“O primeiro-ministro agradece todo o trabalho desenvolvido pela dra. Marta Temido, muito em especial no período excecional do combate à pandemia da covid-19”, pode ler-se no comunicado entretanto divulgado pelo gabinete do primeiro-ministro, no qual garante também que “o Governo prosseguirá as reformas em curso tendo em vista fortalecer o SNS e a melhoria dos cuidados de saúde prestados aos portugueses”.
A substituição da ministra da Saúde “não será rápida”, disse entretanto à Lusa fonte próxima do primeiro-ministro, adiantando que António Costa gostaria que fosse Marta Temido a concluir o processo de definição da nova direção executiva do SNS. “O primeiro-ministro gostaria que ainda fosse Marta Temido a levar ao Conselho de Ministros o diploma que regula a nova direção executiva do SNS” e que considera uma “peça central da reforma iniciada com a aprovação do Estatuto em julho passado”, disse à agência Lusa a mesma fonte.