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Biblioteca Municipal de Esposende convida Pedro Abrunhosa para uma conversa intimista

A Biblioteca Municipal Manuel de Boaventura, em Esposende, vai receber Pedro Abrunhosa, no próximo dia 29 de janeiro, para uma conversa intimista, com Helena Teixeira da Silva, sobre a arte, o silêncio e a bondade como valores de aproximação da humanidade.

 

Esta atividade marca a agenda da Biblioteca Municipal do primeiro mês do ano, que reserva mais uma sessão (Con)Viver com Poesia, numa estratégia de dinamização da cultura e da promoção do livro e da leitura.

 
 

Pedro Abrunhosa, músico, compositor, autor, viajante, leitor compulsivo, homem de palco e de causas escolheu desde sempre o caminho mais difícil. “A sua história pública não começa com uma banda de garagem mas pelo Conservatório. Não começou por ganhar fama na música ligeira para se aventurar depois em projetos mais ousados. Fez ao contrário: aos 16 anos estudava Análise, Composição e História da Música com Álvaro Salazar e Jorge Peixinho na Escola de Música do Porto e, posteriormente, com Cândido Lima no Conservatório. Por essa altura integrava já o Grupo de Música Contemporânea de Madrid. Entrou na música pela via erudita. E quando chegou ao jazz era um erudito a tocar jazz.”

Entre o seu primeiro álbum, “Viagens”, de 1994, e o álbum “Espiritual” de 2018, encontram-se algumas das músicas que ficam para a história da música, do tempo e das causas. A sua tomada de posição pública contra a guerra da Ucrânia, num concerto, valeu-lhe uma “repreensão” por parte da embaixada da Federação Russa originando uma resposta do governo português em defesa da liberdade de expressão. E sobre esta guerra e a resistência dos cidadãos da Ucrânia que escreveu e compôs a música “Que o amor te salve desta noite escura”.

 
 

Na sua recente digressão pela Europa, em 2022, Pedro Abrunhosa fez-se acompanhar pelo grupo “Os Camponeses de Pias”, que interpretaram as suas músicas com a singularidade do cante alentejano, património imaterial da Humanidade.

Helena Teixeira da Silva é jornalista e vive no Porto. Iniciou a sua carreira no jornal “Público” e, como confessa, “habitou” a redação do “Jornal de Notícias” durante 21 anos, trabalhando nas áreas da Política, Sociedade e Cultura. Colaborou com a “Grande Reportagem” e a “Notícias Magazine”. Em 2022, abandonou temporariamente o jornalismo diário para desenvolver outros projetos na área do jornalismo cultural. É autora do livro “751 dias – O tempo não consome a eternidade”, sobre Paulo Cunha e Silva.

 

As sessões de poesia regressam à Biblioteca Municipal, no dia 20 de janeiro, às 18h00, desta vez, com abordagem a Ana Luísa Amaral. A professora Cristina Silva estabelecerá pontes entre a poesia de Ana Luísa Amaral e outras artes. Como sempre acontece, o público será convidado a ler poemas e a participar na sessão.

Já no dia 22, pelas 16h00, a Biblioteca Municipal acolhe mais uma sessão da hora do conto “Histórias em Família”. A contadora Cândida-da-Luz desafia as famílias a “Viajar nas histórias”. À roda do leme da poesia, a contadora fará uma viagem pelo mundo através das histórias, das sonoridades da terra, das canções de cada lugar, onde o sol abraça a lua e a areia embala o mar. Esta sessão é dirigida a crianças dos 3 aos 8 anos de idade, acompanhadas por adultos. Os interessados deverão inscrever-se através do email biblioteca.municipal@cm-esposende.pt.

 

Ainda no plano cultural, no dia 14 de janeiro, realiza-se a cerimónia de entrega do Prémio Rodrigues Sampaio 2022, ao historiador António Borges Coelho, prémio que foi instituído pela Associação dos Jornalistas e Homens de Letras do Porto, com o patrocínio da Câmara Municipal de Esposende. O Prémio Rodrigues Sampaio distingue personalidades que, pelo seu trabalho nas áreas da cultura e da comunicação social, contribuam para uma sociedade mais inclusiva e mais crítica.

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