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Luto e silêncio na procissão do Enterro do Senhor em Braga

Em silêncio, em passo lento e apenas com a iluminação das candeias, a procissão do Enterro do Senhor percorreu, esta sexta-feira santa, as ruas do centro histórico de Braga, num momento que atraiu milhares de pessoas para as ruas e teve transmissão em direto na VMTV.

 

Este cortejo religioso é o mais solene e comovente das procissões da Semana Santa da cidade. Organizada pelo Cabido da Sé, a Comissão da Semana Santa, a Irmandade de Santa Cruz e a Irmandade da Misericórdia, esta manifestação religiosa, envolta num manto de silêncio, recorda a morte e a deposição de Jesus.

 
 

Com saida da Sé de Braga, onde se concentrou muitas pessoas, o cortejo transportou o esquife de Senhor morto, precedido por um andor com a cruz despida e seguido pelo da Senhora das Dores.

A Procissão do Enterro do Senhor é a mais imponente e solene manifestação pública da Semana Santa de Braga. Com origem nas práticas promovidas pela Irmandade de Santa Cruz a partir do século XVII, apenas se estabeleceu nas dinâmicas em 1933, na sequência da instituição da Comissão da Semana Santa ocorrida por ocasião do jubileu do Ano Santo da Redenção.

 
 

Organizada conjuntamente pelo Cabido da Sé, Comissão da Semana Santa, Irmandade de Santa Cruz e Irmandade da Misericórdia, recorda a morte e a deposição de Jesus Cristo. Tal como um cortejo fúnebre, a procissão conduz uma urna com a imagem de Cristo morto, juntamente com o andor de Nossa Senhora da Soledade. Abre a procissão o andor “Consummatum Est”, numa versão contemporânea introduzida em 2017. Acompanham o percurso outras irmandades e corporações, os capitulares da Sé e autoridades civis e militares.

Em sinal de luto, os participantes vão de cabeça coberta, ostentando um véu de luto. As matracas dos farricocos são silenciadas. As bandeiras e estandartes, com tarja de luto, arrastam-se pelo chão.

 

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