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CIM Cávado assinala falta de auscultação e territorialização do PRR e reivindica mais apoios

A Comunidade Intermunicipal do Cávado (CIM Cávado) apresentou, na passada semana, os seus contributos relativos à atualização do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) mas sem antes demonstrar os problemas criados pela falta de auscultação e territorialização do mesmo junto da administração local e das Comissões de Coordenação de Desenvolvimento Regional.

 

Estando este território inserido no espaço da Região Norte, que nos últimos anos tem demonstrado uma enorme capacidade de inovação, onde as exportações têm sido um dos grandes motores da economia nacional e onde o PRR tem conseguido alguma execução, era expectável um olhar mais próximo das dinâmicas dos territórios.

 
 

A não auscultação, ab initio, de diversos atores, sejam eles de índole privada ou pública, de cariz infra ou supramunicipal, originou algumas omissões, que a atualização do PRR devia colmatar.

A excessiva concentração de recursos nas Áreas Metropolitanas, em setores da Administração Central e a complexa coordenação que foi construída, não permite alavancar os melhores resultados no PRR.

 
 

Acresce que as entidades da administração local foram claramente marginalizadas em relação àquilo que era a possibilidade de aproveitamento dos fundos do PRR, nomeadamente no desenvolvimento de projetos nos municípios da Sub região do Cávado.

No documento remetido, a CIM Cávado dá como exemplo a questão do financiamento de projetos de execução em empreitadas relacionadas com infraestruturas de saúde, as carências de financiamento nos investimentos dedicados à acessibilidade de pessoas com deficiência e/ou com mobilidade reduzida a edifícios públicos ou no esquecimento das áreas da cultura e do desporto enquanto motores de desenvolvimento do território e promoção da coesão social.

 

É neste sentido que, conforme referido pelo Presidente do Conselho Intermunicipal da CIM Cávado Dr. Ricardo Rio, “(…) os nossos contributos pretendem reforços de dotações e/ou explicitação ou adição de novas subtipologias, numa lógica de “Reforço de Ambição” para este território, mas com o pano de fundo da Estratégia Territorial Cávado 2030”.

Nos contributos remetidos são referidos, entre outros: i) a necessidade de uma nova geração de respostas sociais; ii) a implementação de pelo menos um Centro Tecnológico do Saber Fazer e dos Laboratórios do Saber Fazer, com rotas associadas, por NUTS III; iii) novas Áreas de Acolhimento Empresarial; iv) aumento da capacidade de rede com consagração das Variantes já referidas em diversos documentos remetidos ao governo; ou v) um projeto de criação de um polo dedicado aos recursos biológicos marinhos, a localizar na foz do Cávado, o qual deveria ser considerado como componente do “Hub Azul”.

 

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