Vila Verde assume-se como referência para qualidade de vida das pessoas
I Congresso de Ciência e Tecnologia juntou investigadores, cientistas, académicos, formandos e líderes políticos
A presidente da Câmara de Vila Verde, Júlia Rodrigues Fernandes, apontou ontem, o concelho como um exemplo prático e concreto da estratégia equilibrada que a ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, traça para o desenvolvimento sustentável do planeta.
No I Congresso de Ciência e Tecnologia que decorreu hoje em Vila Verde, a ministra – numa intervenção à distância através de ferramentas digitais – vincou, sempre com as pessoas no centro das prioridades, “a importância do triângulo do conhecimento, formado por ciência, inovação e educação”.
“São os motores fundamentais para um desenvolvimento que concilie a proteção e valorização do ambiente com a qualidade de vida das pessoas e o crescimento económico”, afirmou Graça Carvalho, referindo-se à temática do evento que discutiu a “interceção entre educação, ciência e tecnologia”.
Precisamente com base nesta trilogia, a presidente da Câmara de Vila Verde sustentou a intervenção do Município ao serviço das pessoas e na definição de políticas e ações que têm levado à distinção do concelho em diferentes estudos sobre diferentes aspetos dos níveis de qualidade de vida para a população local,
Perante o salão nobre dos Paços do Concelho lotado e participantes online, Júlia Rodrigues Fernandes destacou o impacto dos investimentos na transformação digital dos serviços municipais, associados às apostas estratégicas para a educação de excelência e a valorização dos recursos naturais do concelho.
“As soluções digitais têm sucesso quando colocam as pessoas em primeiro plano. Além de proporcionarem novas oportunidades aos agentes do desenvolvimento, promovem o avanço de tecnologias fiáveis, incrementam uma sociedade aberta e plural, impulsionam uma economia pujante e sustentável, concorrem para o combate às alterações climáticas e a transição ecológica”, sustentou a autarca.
Nos serviços municipais, a transformação digital está também a ser objeto de um forte investimento, no sentido da “simplificação de procedimentos e de uma mais fácil interação com os munícipes, proporcionando ganhos em termos de celeridade e de eficiência da maior importância para atender às solicitações e legítimos anseios das populações”, como destacou a presidente da Câmara.
Município com Qualidade de Vida
Entre as diversas distinções do concelho – reconhecido como ‘Município Amigo’ das crianças e da juventude, ‘Cidade Educadora’ e ‘Autarquia Voluntária’ entre outros reconhecimentos de âmbito social e progresso humano –, Júlia Rodrigues Fernandes salientou o facto de Vila Verde se distinguir na análise comparativa da Rede de Municípios com Qualidade de Vida, sobretudo na área da educação.
Conforme consta do relatório do INTEC – Instituto de Tecnologia Comportamental, Vila Verde apresenta uma taxa de retenção no ensino básico substancialmente inferior à média nacional. Na comparação com municípios de caraterísticas semelhantes, Vila Verde obteve uma taxa de retenção e desistência no ensino básico inferior à média dos municípios de alta densidade e de outros municípios médios. Relativamente à percentagem de estudantes que completam o ensino secundário, em Vila Verde esta foi superior à média nacional, assim como à média dos municípios de baixa densidade, de média densidade e municípios do Norte, com uma evolução muito positiva entre 2019 e 2021.
Júlia Fernandes referiu-se ainda aos projetos Reco-Escola e Escola + Verde, assim como o o plano de ação que Vila Verde está a desenvolver no âmbito dos Programas Intermunicipais de Promoção do Sucesso Escolar (PIPSE).
“O indesmentível empenho e o enorme entusiasmo nas instituições de ensino fazem-me acreditar, ainda mais, que, juntos, vamos ser capazes de vencer este grande e urgente desafio que se nos coloca de colocar sempre e cada vez mais o conhecimento científico e tecnológico ao serviço do progresso social e da construção de um mundo melhor”, afirmou a autarca.
No I Congresso de Ciência e Tecnologia, o cientista e professor universitário Carlos Fiolhais interveio para falar sobre ‘Transição Ambiental e Transformação Digital – desafios para a Ciência, Tecnologia e Educação’, num painel que contou ainda com Pedro Marcelino, especialista em Inteligência Artificial e fundador da ‘xval.ai’, e Assunção Flores, docente e Investigadora do Instituto da Educação da Universidade do Minho.
Sob moderação de José Ismael Graça, coordenador da Casa do Conhecimento do Município de Vila Verde, o Congresso concentrou ao longo da tarde apresentações de “boas práticas pedagógicas” por parte de diferentes escolas e agrupamentos escolares, assim como da Universidade do Minho e do IPCA-Instituto Politécnico do Cávado Ave.
Alunos dos Clubes de Ciência Viva dos agrupamentos de escolas de Prado, Vila Verde, Moure e Ribeira do Neiva, da Secundária de Vila Verde e da Escola Profissional Amar Terra Verde apresentaram projetos específicos ligados à formação e investigação.
O I Congresso de Ciência e Tecnologia foi uma iniciativa da Casa do Conhecimento do Município de Vila Verde e dos Clubes de Ciência Viva na Escola, assinalando o encerramento do programa da V Feira de Ciência & Tecnologia, que se iniciou em fevereiro e incluiu a realização de cinco palestras, uma caminhada e uma mostra de projetos, envolvendo 2300 participantes.