Navio de investigação científica da Federação Russa a operar em padrão de pesquisa monitorizado pela Força Aérea Portuguesa
Oceano Atlântico
3 de Agosto de 2024
Monitorização conduzida a 3 de Agosto de 2024, por parte de uma aeronave da Força Aérea Portuguesa (FAP), ao navio de investigação científica “Akademik Nikolay Strakhov” (“Академик Николай Страхов”), IMO 8211174, da Federação Russsa, que tem vindo a operar, desde 28 de Julho de 2024, com um padrão de pesquisa (“de corta relva”, na gíria), navegando a 8 nós, num rectângulo com cerca de 120 milhas náuticas por 60 milhas náuticas em torno da posição 44.42656, -23.88985 , ref. https://maps.app.goo.gl/tMZ7RF67rvZGN2qW6 , a cerca de 1 300 km a Noroeste do Porto e a cerca de 700 km a Nordeste de Angra do Heroísmo (Ilha Terceira, Açores).
O navio, que largou a 11 de Julho de Kaliningrad, Federação Russa, no Báltico, rumou directamente para esta posição, que alcançou a 25 de Julho de 2024, onde, na presente data, 7 de Agosto de 2024, 14:47 UTC, permanece a operar, navegando à mesma velocidade e com o mesmo padrão. A acção decorre fora da Zona Económica Exclusiva da República Portuguesa.
O “Akademik Nikolay Strakhov” está a seguir um percurso de varrimento da depressão oceânica “King’s Trough” (com cerca de 400 km de comprimento e uma profundidade central de 4 500 metros).
Modernizado em 2023 nos estaleiros de Pregol, em Kaliningrad, este navio está afecto à frota Atlântica do Instituto Shirshov de Oceanografia (“Институт Океанологии Им. П.п. Ширшова РАН”, ИО РАН), parte da Academia Russa de Ciências (“Российской Академии Наук”), sendo vocacionado para o estudo do leito oceânico, com capacidade de análise de hidroacústica e recolha de amostras até 6 000 metros de profundidade. O “Akademik Nikolay Strakhov” (“Академик Николай Страхов”), construído na Finlândia em 1985, desloca 2 600 toneladas, com um comprimento de 75,5 metros, uma boca de 14,7 metros. Com uma guarnição de 60 elementos e podendo transportar mais 25 especialistas, sustenta uma velocidade máxima de 13 nós, com um um alcance operacional de 12 000 milhas.
Artigo publicado em parceria com “Espada & Escudo”