Quantcast
 
 

QUINTA-FEIRA SANTA

A missa vespertina da Ceia do Senhor é a Missa por excelência. Porquê? Ela é o “aniversário” da última refeição de Cristo, sendo por isso a mais chegada às suas fontes. Sendo vespertina, esta missa deve ser celebrada na “hora mais conveniente” para “plena participação de toda a comunidade local”. É a partir deste momento que a Quinta-Feira Santa ganha a sua importância, começando o Tríduo Pascal, que já pertence ao dia seguinte.

 

 A ideia central é a hora de Jesus, como indica o início do Evangelho: a hora de passagem da morte à vida, do mundo ao Pai. É nessa hora em que Jesus, pelo sacramento da Eucaristia que é, nesse momento, instituída, se afirma como “triunfador da humanidade na luta contra o demónio”.

 
 

Ritos

 Procissão de entrada: A missa começa com uma procissão de entrada encabeçada pela Cruz “levada em triunfo enquanto a assembleia canta um hino em sua honra”. Ao cantar “Toda a nossa glória está na Cruz de nosso Senhor Jesus Cristo. N’Ele está a nossa salvação, vida e ressurreição. Ele nos salvou e libertou”, a liturgia proclama Cristo como vitorioso, vivo e ressuscitado.

 
 

 Lava-pés: Depois da homilia o sacerdote que preside à missa refaz o gesto de Cristo, lavando os pés a doze fiéis. Jesus deixou claro, com esse gesto perante os apóstolos, que se fez servo e também nós devemos ser servos uns dos outros; que o seu amor é um amor de serviço.

 Comunhão sob as duas espécies: As palavras “Tomai e comei” e “Tomai e bebei” recordam o gesto de Cristo e convidam a participar na comunhão sob as duas espécies, que neste dia é aconselhada, comungando o Corpo e Sangue do Senhor. É um gesto muito próprio deste dia.

 

Transladação do Santíssimo Sacramento: Terminada a missa, a Reserva Eucarística é levada com “uma certa solenidade” para o “lugar da reposição preparado em alguma capela convenientemente ornamentada” para ser distribuída no dia seguinte. O Santíssimo pode ficar exposto para adoração e vigília após a missa.

Desnudação dos altares: A desnudação é realizada de forma discreta. Se o altar fica sem toalhas é porque a Eucaristia só voltará a celebrar-se naquele altar na Vigília Pascal. Este momento representa a entrada no mistério da entrega de Jesus e a Sua agonia no Jardim das Oliveiras.

 

IN: IGREJA VIVA / JOÃO PEDRO QUESADO (TEXTO)

Comentários

comentários

 

Você pode gostar...

Deseja ativar as notificações Sim Não