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A nova obra de Bordalo II dá vida aos brinquedos que já ninguém quer

A nova peça de Bordalo II não tem só a assinatura do artista plástico português.

 

O “Musaranho” que vai instalar na cidade de Vila Nova de Famalicão foi elaborado com recurso a mais de 1000 brinquedos velhos e estragados, doados por crianças do pré-escolar e primeiro ciclo do concelho.

 
 

A criação artística, que vai ser inaugurada na próxima segunda-feira, 5 de junho, Dia Mundial do Ambiente, pelas 15h00, com a presença do artista, ficará instalada no topo Sul da Praça D. Maria II.

A obra terá, aproximadamente, 4 metros de altura, faz parte da série “Big Trash Animals” e a escolha do animal não foi ao acaso.

 
 

O musaranho é um dos mamíferos mais pequenos do mundo, é rápido e, tal como as crianças, é brincalhão e dono de uma energia inesgotável.

“Como este projeto teve uma forte participação das crianças, fez todo o sentido escolher um animal pequenino, enérgico e divertido, tal como elas. Pela sua aparência redondinha e cara peculiar, acreditamos que as crianças vão gostar bastante desta figura pequena agora transformada em escultura enorme – tal como elas, que também estão a crescer e um dia se tornarão grandes”, explica o artista.

 

Refira-se que a recolha dos brinquedos envolveu 1188 crianças de 18 escolas do pré-escolar e primeiro ciclo de Vila Nova de Famalicão.

A ação decorreu no âmbito do projeto “Bordalinhos” desenvolvido com as Eco-Escolas do concelho com o objetivo de consciencializar para o consumo exacerbado de brinquedos e para a opção por brinquedos mais sustentáveis. Cada criança doou dois brinquedos: um estragado ou velho para a obra de Bordalo II e outro, em bom estado, para ser doado às Lojas Sociais do município.

 

Artur Bordalo, neto do artista plástico Real Bordalo, nasceu em 1987, em Lisboa. Em homenagem às suas raízes artísticas familiares escolheu o nome de Bordalo II. É conhecido por usar o lixo das ruas para as suas produções artísticas, nomeadamente plástico, metal e materiais eletrónicos. A escolha destes materiais é a forma de Artur Bordalo alertar para o desperdício, o materialismo, o consumismo e a necessidade urgente de sustentabilidade.

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