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Agência Europeia do Medicamento confirma relação entre vacina da AstraZeneca e trombose

Uma fonte da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) confirmou “um vínculo” entre a vacina da AstraZeneca e casos de trombose registados em pessoas que receberam aquele fármaco.

 
vacina

“Agora podemos afirmar, está claro que há um vínculo com a vacina, que provoca esta reação. Mas ainda não sabemos porquê”, disse uma fonte da EMA, esta terça-feira, em declarações ao jornal italiano “Il Messaggero”.

 
 

“Em resumo, nas próximas horas vamos declarar que existe um vínculo, mas ainda temos que entender por que acontece”, disse Marco Cavaleri, diretor de estratégia de vacinas da EMA, citado pela agência de notícias France Press.

O Comité de Segurança da EMA (PRAC, na sigla em inglês) reuniu na quarta-feira da semana passada, dia 31 de março, para avaliar a relação entre escassos e raros casos de trombose associados a mortes de pessoas que tomaram a vacina da AstraZeneca.

 
 

A EMA convocou um grupo de peritos para analisar a questão. O painel de médicos reuniu especialistas de várias áreas da medicina, como hematologistas, neurologistas e epidemiologistas e discutiu possíveis mecanismos de associação da vacina a tromboses detetadas em alguns países.

“Estamos a tentar ter um quadro preciso do que está a acontecer, para definir a síndrome devido à vacina (…) Entre as pessoas vacinadas registou-se um número de casos de trombose cerebral entre jovens superior ao que esperávamos. Vamos ter que afirmar isto”, disse Cavaleri.

 

Há várias semanas foram detetadas suspeitas sobre possíveis efeitos colaterais graves, embora raros, entre as pessoas vacinadas com o fármaco da AstraZeneca. Seriam casos de trombose atípica, incluindo alguns que provocaram a morte.

No Reino Unido foram registados 30 casos e sete mortes de um total de 18,1 milhões de doses administradas até 24 março.

 

Para a AstraZeneca os benefícios da vacina na prevenção da covid-19 superam os riscos dos efeitos colaterais. O laboratório anglo-sueco afirmou no sábado que a “segurança do paciente” é sua “principal prioridade”.

JN

 

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