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Alunos de Turismo do Politécnico de Viana do Castelo de partida para estágio na Flórida

No próximo mês de novembro, 24 alunos e ex-alunos da Licenciatura em Turismo e do Mestrado de Turismo, Inovação e Desenvolvimento da Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG) do Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC) vão começar um estágio extracurricular na Flórida, nos EUA. “Este é mais um passo na aposta na internacionalização, dando oportunidade aos nossos alunos para terem experiências na Europa e fora da Europa”, justificou o docente Carlos Fernandes, destacando as “mais-valias” deste protocolo que existe desde 2018, sendo que “os Country Clubs da Flórida estão muito interessados em fazer um acordo de exclusividade com o IPVC”. Os alunos acreditam nas “mais-valias” desta experiência.

 
ipvc
Alunos IPVC/DR

Todos os alunos da licenciatura em Turismo e do mestrado de Turismo, Inovação e Desenvolvimento da ESTG-IPVC têm oportunidade de fazer um estágio extracurricular no final da formação académica. “No início, a licenciatura era de seis anos e aí tínhamos a possibilidade de enviar 50 a 60 alunos estagiar no verão para Espanha e até para a Grécia. Agora, com a licenciatura de três anos optamos pelo estágio extracurricular”, explicou o docente do curso. Esta experiência com a Flórida começou na Mostra do IPVC em 2018 (atual Cimeira do IPVC) e tem sido aproveitada por dezenas de alunos já aceitaram o desafio. “A empresa Amplia estava na Mostra do IPVC e aí surgiu a oportunidade de levar alunos para a Flórida para colaborar com Country Clubs. A empresa é nossa parceira neste projeto e prepara os alunos para as entrevistas, ajuda na apresentação dos currículos, organiza a viagem a Lisboa para as entrevistas, vai à Embaixada com os alunos tratar dos vistos e é responsável pelas viagens entre Portugal e EUA”, contou Carlos Fernandes.

 
 

A parceria começou em 2018 com seis alunos do curso de licenciatura em Turismo, sendo que no ano letivo seguinte foram nove os alunos que realizaram o estágio. “No ano de 2019, alargamos as candidaturas para incluir alunos do Mestrado em Turismo, Inovação e Desenvolvimento. No 2.º ano do Mestrado, os alunos têm a opção de dissertação, projeto ou estágio. Três alunos optaram pelo estágio e foi preparado um plano de trabalho diferente para os alunos do Mestrado”, recordou o docente, referindo que em 2020 não houve programa de mobilidade devido à pandemia. “Os estágios têm a duração de aproximadamente seis a sete meses, a começar em outubro/novembro até maio do ano seguinte”, informou.

Este ano letivo são 18 os candidatos, 16 da Licenciatura e dois de Mestrado, aos quais se vão juntar ainda mais seis ex-alunos que vão repetir a experiência. “O IPVC apresentou-se em Lisboa para as entrevistas com 18 alunos, juntamente com outros candidatos (o concurso é a nível nacional), para realizar as entrevistas que são feitas por representantes do Country Club, que se deslocam a Lisboa propositadamente para esse fim. Ficamos muito satisfeitos por saber que todos os nossos 18 candidatos ficaram colocados”, aplaudiu. Estes alunos vão desempenhar funções na área da restauração (F&B), lojas de apoio, animação, entre outras”, adiantou o docente, referindo que os alunos beneficiam de “visto e passagem de ida e volta, salário atrativo, complexo para alojamento com shuttle entre o alojamento e o clube”. Acima de tudo, assegurou Carlos Fernandes, “os alunos ganham experiência profissional com as competências adquiridas que são muito valorizadas pelo mercado de trabalho”, garantindo que “o feedback não podia ser melhor”.

 
 

Os alunos que vão participar no estágio, no final têm opção de regressar ou de continuar nos EUA. “Os Country Clubs tratam de colocar os jovens durante três meses em Nova Iorque e depois regressam em outubro à Flórida com outro contrato e com outras regalias. Este primeiro contrato é mais para pôr à prova os alunos e se correr bem podem ficar”, sublinhou o docente da ESTG-IPVC, assegurando que a experiência com os alunos da instituição “tem corrido muito bem, já que são muito profissionais e trabalhadores”. Uma ex-aluna, recorda a título de exemplo, já está nos EUA há três anos. “Regressou no início da pandemia, mas vai voltar agora com este grupo uma vez que já está a trabalhar com outras regalias e isto é a prova que esta é uma experiência muito boa para todos os alunos”.

“Esta é uma oportunidade única para ganhar experiência”

 

Para Adriana Queirós, aluna da Licenciatura em Turismo, esta é “uma oportunidade única para ganhar experiência”, acreditando que depois deste estágio vai também “melhorar o nível de inglês”. “Ter um estágio nos EUA na minha área de estudo só pode ser uma mais-valia para depois procurar emprego”, destacou a jovem que está à espera do visto para partir para a Flórida.  Entretanto, Pedro Lopes, que frequenta o segundo ano do mestrado, está com as expetativas “muito altas”. “Estive em Erasmus em Itália e já estagiei em Espanha e agora estou à espera que este estágio supere as experiências que já tive”, confidenciou o aluno da ESTG-IPVC. Pedro Lopes vai trabalhar no restaurante do maior Country Club da Flórida e acredita que “vai enriquecer” o currículo, mostrando-se “ansioso” pela partida.

Diogo Almeida já terminou o mestrado e quer “muito” ter esta experiência. “Tenho colegas que já fizeram este estágio e adoraram a experiência. É por saber o quanto foi importante para eles e como funciona todo este processo que quero ter esta experiência”, confirmou o jovem, admitindo que as expetativas “são muito boas”. Com alguns estágios feitos, Diogo Almeida espera que esta oportunidade lhe vá “abrir portas e permitir dar o salto”. Com a tese de mestrado terminada em julho, o aluno acabou ainda dois projetos e, entretanto, recusou uma proposta em Espanha para ingressar nesta “aventura”.

 

Sónia Guerreiro adorou a experiência e por isso vai voltar à Florida com este novo grupo. Depois de ter uma experiência numa agência de viagens, a ex-aluna aceitou o desafio e partiu para a Flórida para trabalhar numa sala de jogos. “Temos ideia que as empresas muito grandes não se preocupam tanto com os colaboradores e depois temos também a ideia que os americanos não são muito afáveis e para o meu espanto foi exatamente o oposto. A empresa tem uma atenção muito grande com os colaboradores, sobretudo os estrangeiros. Não estava nada à espera e fiquei muito surpreendida e adorei mesmo a experiência, senti que estava em família”, contou Sónia Guerreiro, que esteve na Flórida de outubro de 2019 e teve de regressar em março de 2020, devido à pandemia. “Desta vez vou trabalhar no bar e para além da experiência que vou ganhar esta é mais uma oportunidade para abrir portas para outros empregos”.

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