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ANEPC alerta para Queda de Neve, Chuva e Vento para o Minho nas próximas 72 horas

Em comunicado enviado à nossa redação pela AUTORIDADE NACIONAL DE EMERGÊNCIA E PROTEÇÃO CIVIL, COMANDO SUB REGIONAL DE EMERGÊNCIA E PROTEÇÃO CIVIL DO AVE, e de acordo com a informação do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), prevê-se, para as próximas 72 horas, precipitação, vento, agitação marítima e queda de neve, destacando-se o seguinte:

 

− Precipitação, por vezes forte e persistente, que poderá ser de granizo e acompanhada de
trovoada, a partir de quarta-feira, dia 27 de março;
− Vento, por vezes forte, nas terras altas e no litoral oeste com rajadas até 80km/h, ao final da
tarde do dia 25 de março. Vento com rajadas de 100 km/h nas terras altas, em especial na
Serra da Estrela, no dia 26 de março. Vento predominando de sudoeste, com rajadas até
85km/h a partir da tarde do dia 27 de março, nas regiões Norte e Centro, podendo ser
superiores a 90 km/h nas terras altas;
− Agitação marítima forte com ondas de noroeste na costa ocidental, agravando durante a
tarde, do dia 26 de março, atingindo 6 a 7 metros a norte do Cabo Carvoeiro (altura máxima
de 12 metros);
− Queda de neve nas terras altas, em especial do Norte e Centro, descendo a cota
gradualmente para os 600/800 metros, podendo também ocorrer queda de neve nas serras
de São Mamede e de Monchique, na madrugada e manhã do dia 26 de março.
Informação meteorológica em www.ipma.pt

 
 
  1. EFEITOS EXPECTÁVEIS
    Atendendo à alteração das condições meteorológicas, com previsão de precipitação, vento,
    agitação marítima e queda de neve, é expectável:
    – Piso rodoviário escorregadio devido à possibilidade de acumulação de gelo, neve e formação
    de lençóis de água;
    – Possibilidade de queda de neve em áreas e a altitudes onde habitualmente não se verifica;
    – Dificuldades de drenagem em sistemas urbanos, nomeadamente as verificadas em períodos
    de preia-mar, podendo causar inundações nos locais historicamente mais vulneráveis;
    – Possíveis acidentes na orla costeira devido à forte agitação marítima;

– Ocorrência de inundações em zonas urbanas, causadas por acumulação de águas pluviais por
obstrução dos sistemas de escoamento ou por galgamento costeiro;
– Possibilidade de queda de ramos ou árvores, bem como de afetação de infraestruturas
associadas às redes de comunicações e energia;
– Danos em estruturas montadas ou suspensas;
– Desconforto térmico na população devido à descida acentuada da temperatura mínima.

  1. MEDIDAS PREVENTIVAS
    A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) recorda que o impacto destes
    efeitos pode ser minimizado, sobretudo através da adoção de comportamentos adequados, pelo
    que, e em particular nas zonas historicamente mais vulneráveis, se recomenda a adoção das
    principais medidas preventivas para estas situações, nomeadamente:
    – Garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes
    e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das
    águas do degelo;
    – Prestar atenção aos grupos mais vulneráveis (crianças nos primeiros anos de vida, doentes
    crónicos, pessoas idosas ou em condição de maior isolamento, trabalhadores que exerçam
    atividade no exterior e pessoas sem abrigo);
    – Garantir uma adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e
    outras estruturas suspensas;
    – Ter especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, estando atento
    para a possibilidade de queda de ramos e árvores, em virtude de vento mais forte;
    – Ter especial cuidado na circulação junto da orla costeira e zonas ribeirinhas historicamente
    mais vulneráveis a galgamentos costeiros, evitando a circulação e permanência nestes locais;
    – Não praticar atividades relacionadas com o mar, nomeadamente pesca desportiva, desportos
    náuticos e passeios à beira-mar, evitando ainda o estacionamento de veículos muito próximos
    da orla marítima;
    – Adotar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tomando especial atenção à
    eventual acumulação de neve e/ou formação de lençóis de água nas vias rodoviárias;
    – Evitar a circulação em vias afetadas pela acumulação de neve e quando isso não for possível,
    adotar as seguintes medidas:
  • Verificação do estado dos pneus e respetivas pressões;
  • Transporte e colocação das correntes de neve nos veículos;
  • Assegurar o abastecimento de combustível em níveis que permitam percorrer
    trajetos alternativos ou a permanência do veículo em funcionamento por longos
    períodos de tempo, em caso de retenção nas vias afetadas;
  • Nos veículos elétricos, deve ser verificada a carga da bateria e analisada a
    existência de postos de carregamento no seu itinerário;
  • Garantir que os sistemas de aquecimento dos veículos se encontram em bom
    estado de funcionamento;
  • Providenciar alimentos adequados em quantidade e características, assim como
    medicamentos, de acordo com o número e tipologia de ocupantes dos veículos.
    – Nas vias afetadas pela acumulação de neve, evitar viagens com crianças, idosos ou pessoas com
    necessidades especiais;
    – Evitar circular naquelas vias com veículos pesados, em particular articulados, veículos com
    reboque e veículos de tração traseira;
    – Restringir ao máximo possível os movimentos de veículos e de pessoas apeadas, nas zonas
    potencialmente afetadas pela queda de neve;
    – Não atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas
    para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas;
    – Estar atento às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e
    Forças de Segurança.

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