As causas feministas discutidas em Guimarães no Fórum da Igualdade
Ministro da Educação, João Costa, sublinhou que a Igualdade “nunca é um direito adquirido”. O “Fórum da Igualdade: Encontro Feminista” decorre em Guimarães até quinta-feira.
A sessão de abertura do “Fórum da Igualdade: Encontro Feminista” decorreu esta quarta-feira, com as intervenções do Ministro da Educação, João Costa, e do Presidente da Câmara de Guimarães, Domingos Bragança.
João Costa fez questão de sublinhar que “a igualdade nunca é um direito adquirido”, apontando o desrespeito pelos direitos das mulheres em países como Irão ou Afeganistão, com as notícias diárias a reportarem situações que violam os direitos das mulheres. “Nunca nos cansamos de trabalhar e discutir a igualdade”, apontou o Ministro da Educação. “A igualdade nunca é um direito adquirido. As conquistas passam por direitos fundamentais, mas podem sempre recuar e andar para trás. Este evento em Guimarães coloca o dedo em várias feridas e que estão por sanar. Em vários países do mundo assistimos diariamente aos direitos das mulheres a serem desrespeitados. Solidarizamo-nos e manifestamo-nos. Mas o respeito pelos direitos das mulheres também é quebrado perto de nós e não podemos baixar os braços porque aqui também há desigualdade. Em média as mulheres têm rendimento 14% a 16% mais baixo que os homens, apesar de uma taxa de diplomação superior e são os homens que ocupam a maioria dos lugares de administração. Esta é uma luta de todos, não é uma causa de mulheres, é uma causa de todos e o mundo precisa de homens feministas, referiu João Costa.
O Presidente da Câmara de Guimarães, Domingos Bragança, centrou a sua intervenção na vertente da educação. “Guimarães elegeu como pilares para o seu desenvolvimento a Educação, a Cultura e a Ciência. Entendemos assim empoderar os cidadãos, onde todos estão incluídos, e robustecer a economia e alertamos para as principais preocupações com as causas climáticas. Neste empoderamento dos cidadãos está a preocupação e a causa pela Igualdade de Género, a capacidade de entender onde está a desigualdade. É preciso após estruturar pensamento para passar à ação e há ainda muita conquista para fazer. Espero que este Fórum tenha modo e meios de passar a informação para a comunidade e de envolver essencialmente as nossas escolas, a começar pelas crianças e pelos mais jovens, na vertente da edução para a construção de uma sociedade inclusiva, diversa e justa”, sublinhou Domingos Bragança.
O “Fórum da Igualdade: Encontro Feminista” decorre até quinta-feira, com participação de feministas e especialistas de Portugal, França e outros países, através da Temporada Cruzada, para discutir e promover a Igualdade de Género na Europa, um dos eixos da Temporada.