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Assessor do primeiro-ministro pede demissão

Pedro Magalhães Ribeiro, assessor do primeiro-ministro António Costa, pediu, na passada terça-feira, exoneração de funções depois de ter sido condenado num processo judicial por violação dos deveres de neutralidade e imparcialidade, avança a SIC Noticias

 
Foto Redes Sociais

Em causa, está o facto de ter feito uma publicação no Boletim Municipal durante as últimas eleições autárquicas, que acabou por perder. Após queixa para a Comissão Nacional de Eleições (CNE), acabou por ser julgado e condenado esta segunda-feira.

 
 

Em declarações à TVI/CNN Portugal, Pedro Magalhães Ribeiro disse sentir-se “totalmente surpreendido” e que em nenhum momento considerou estar a incorrer em qualquer prática criminal.

“Estive oito anos como presidente da Câmara, isto resume-se a um dia em que tive uma reunião com a [na altura] ministra da Saúde, Marta Temido, sobre o Centro de Saúde do Cartaxo. Após a reunião, solicitei ao gabinete de informação que fizesse uma nota. Estávamos em plena época eleitoral – dia 16 de agosto – porque a senhora ministra a adiou [a reunião] desde maio por causa da pandemia. A nota informativa foi enviada à comunicação social e publicitada nas redes sociais da Câmara”, explicou.

Referiu ainda que pagou uma coima e foi condenado a uma pena acessória de dois anos e nove meses sem poder exercer cargos públicos. Por esse motivo pediu de imediato a exoneração.

 
 

“Jamais pensei que estava a incorrer em qualquer prática criminal, mas houve uma queixa à CNE, foi deduzida uma acusação, uma coima de 3.600 euros e uma pena acessória dois anos e nove meses sem poder exercer cargos públicos”, finalizou. 

Segundo o seu perfil no Linkedin, é Licenciado em Economia, Pós-Graduado em Cidade, Território e Requalificação e Mestrando em Economia e Políticas Públicas pelo ISCTE, encontrando-se a preparar a dissertação neste ano letivo de 2022/23.

 

Iniciou a sua carreira profissional com 22 anos na RENAULT de onde saiu para o Banco BBVA, com atividade na área da Banca Corporativa e Institucional. Exerceu atividade docente em Cabo Verde, sendo corresponsável pelo curso de Gestão Municipal do Instituto Nacional de Administração no âmbito do Programa de Cooperação da Comissão Europeia PIR-PALOP.

Foi Presidente da Câmara Municipal do Cartaxo entre os anos de 2013 e 2021, Vice-Presidente da Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo, Presidente do Conselho de Administração da Valleypark, Parque de Negócios, SA, Presidente da Associação dos Municípios Portugueses do Vinho, Vice-Presidente da Rede Europeia das Cidades do Vinho, Presidente do Conselho Fiscal do IDERSANT, Instituto de Desenvolvimento Empresarial da Região de Santarém e Vogal não-executivo da ARTEMREDE, Teatros Associados da Região de Lisboa e Vale do Tejo.

 

Desempenhou as funções de Assessor do Primeiro-Ministro entre o dia 15 de novembro de 2021 e o dia 10 de janeiro de 2023.

 

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