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Braga assume-se como a capital mundial das Cidades Criativas entre os dias 1 e 5 de julho

Entre os dias 1 e 5 de julho, Braga recebe a XVI Conferência Anual da Rede das Cidades Criativas da Unesco, um evento que trará à cidade cerca de 350 delegações de mais de 100 países.

 

Por esses dias, Braga irá assumir-se como a capital mundial das cidades criativas numa iniciativa que será fundamental para moldar o futuro da Rede e para reforçar o papel transformador da cultura e da criatividade no desenvolvimento urbano sustentável.

 
 

Um dos momentos altos da Conferência será a esperada aprovação do “Manifesto de Braga das Cidades Criativas da UNESCO: Um Objetivo Cultural para o Desenvolvimento Sustentável”, que se baseia nas prioridades delineadas na Declaração MONDIACULT 2022 (declaração dos Ministros da Cultura dos Estados Membros da UNESCO) e defende a cultura como um objetivo autónomo na agenda internacional de desenvolvimento pós-2030.

“Acreditamos que esta será, sem dúvida, uma das conferências da Rede da UNESCO mais representativas de sempre. É uma oportunidade única para discutirmos o futuro dos territórios, traçarmos rumos para a construção de uma ação com base na declaração de 2022 e abordarmos as linhas mestras do papel primordial da Juventude nos próximos anos”, afirma Ricardo Rio, presidente da Câmara Municipal de Braga.

 
 

A conferência realiza-se precisamente sob o lema “Bringing youth to the table for the next decade”. A juventude estará no centro da discussão, sobretudo porque as indústrias culturais e criativas empregam uma percentagem elevada de jovens. O tema deste ano pretende assim inspirar os participantes a desenvolverem e a partilharem estratégias e políticas urbanas abrangentes que defendam uma maior representação e envolvimento de jovens artistas e profissionais de e na cultura.

O Forum Braga será o local onde decorrem a maioria dos trabalhos oficiais das diferentes delegações. Estão confirmadas as presenças, entre outras personalidades, de Ernesto Ottone R., diretor geral para a Cultura da UNESCO, Denise Bax, secretária da Rede das Cidades Criativas, Andre Sobczak, secretário geral das Eurocidades, e Dalila Rodrigues, ministra da Cultura.

 

Atividades culturais do ´Be Creative Ágora´ abrem Conferência à população

As reuniões na Conferência Anual das Cidades Criativas da UNESCO não são públicas, mas fora da esfera de trabalhos foi idealizado um programa alargado de atividades culturais, intitulado Be Creative Ágora, com acesso totalmente livre à população. No dia 1 de julho, após a cerimónia de abertura e a partir das 15h30, todos os delegados mundiais irão juntar-se na Arcada para a inauguração deste programa de atividades.

 

Durante os dias da realização da Conferência o Be Creative Ágora irá também animar vários espaços públicos e culturais da cidade, nomeadamente o Mercado municipal (com a exposição sobre materiais e processos na criação e peças de artesanato e visionamento de filmes das cidades criativas; Cianotipia gastronómica, uma oficina para famílias e jovens); a Casa Rolão (com a mostra de objetos têxteis das cidades portuguesas “Entretecido”, laboratório e biblioteca de livros de design); o jardim do Museu Nogueira da Silva (Jardim de Babel, percurso instalativo criado pelo Pedro Augusto, e Uma carta à juventude: performance literária); o Theatro Circo (com uma exposição de projetos das Media Arts denominada “Beyond Borders: Interconnection & Sustainability”); e o gnration (terá patente a exposição “Green Together”, que resulta de uma parceria com a cidade de Viborg, Dinamarca, que desafiou crianças de duas turmas do 1º ciclo a participar a Desenhar com a Dinamarca, sobre o tema Green Together – Parcerias para um Futuro Sustentável).

A isto juntam-se atividades como uma biblioteca itinerante para a infância que passará por diversos locais da cidade, uma performance deambulatória do coletivo de malabaristas da companhia RADAR 360º ou a realização, logo no dia 1 de julho, de uma performance musical denominada “Toque Eco Retoque” com instrumentos tradicionais das cidades criativas nacionais do cluster da Música – Idanha-a-Nova será representada pelo adufe e pela viola beiroa, Leiria pelas bilhas de barro e os cântaros de zinco e a cidade de Amarante com os bombos e as caixas.

 

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