Braga evoca Maria Ondina em Colóquio Internacional “Cartografia(s) da Memória e das Emoções
“Cartografia(s) da Memória e das Emoções” é o título do III Colóquio Internacional Maria Ondina Braga, que vai realizar-se Sexta-feira e Sábado, 12 e 13 de Abril, no Museu Nogueira da Silva, em Braga.
Organizado pelo Museu Nogueira da Silva e pelas universidades do Minho e Católica, a Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) e Município de Braga, o III Colóquio Internacional Maria Ondina Braga é oportunidade para se reunirem especialistas portugueses e estrangeiros em torno da obra de Maria Ondina Braga (falecida em 2003), marcada pelas viagens que a escritora realizou pelo Mundo.
Os interessados devem efectuar a sua inscrição no Museu Nogueira da Silva, sito na Av. Central, 61, 4710-228 Braga, através do email sec@mns.uminho.pt ou do contacto telefónico 253 601 275. O valor da inscrição é de 15 euros para o público geral e cinco euros para estudantes.
Solitária e discreta, Maria Ondina cruzou culturas e percorreu os quatro cantos do mundo, viajando entre o ocidente e o oriente, sentindo sempre o ímpeto da partida e o desencanto da chegada. “Partir é bom, mas, pensar em partir, melhor ainda. Quanto a mim, acho que tenho sempre chegado. Partir é esperança. Chegar, desencanto”.
As cartografias literárias e pessoais de Maria Ondina dão o mote para a iniciativa que vai reunir diversos escritores, poetas, actores, artistas plásticos, académicos literários e outros oradores, entre os quais Lídia Jorge, Pedro Mexia, Mónica Baldaque e António Durães.
O Congresso arranca pelas 10h00, com os temas «Paisagens olfactivas de Macau e de Braga: reconstrução de memórias, afectos, emoções em Estátua de Sal e Vidas Vencidas», de Dora Gago e «Emoção e autoficção» de Cândido Oliveira Martins. A moderação está a cargo de António Gonçalves.
Pelas 11h30, Carlos Corais modera a conversa entre Rita Patrício que vai abordar «Janelas Falsas»; Duarte Drummond Braga com «Errâncias inter e intra-coloniais em Eu vim para ver a terra» e Michela Graziani que vai apresentar «Sinto em minha alma ânsias infinitas de criar». A sensibilidade poética de Maria Ondina Braga.
À tarde, pelas 14h30, o evento conta com as comunicações de Claire Williams «Vidas memorializadas» e Isabel Mateus «Ilhas desconhecidas: memória, sensação e crónica em Maria Ondina Braga», com moderação de Carlos Mendes de Sousa.
Pelas 16h30, irá realizar uma Mesa-Redonda com o tema Testemunhos, com moderação de Helena Trindade e participações de José António Barreiros; José Miguel Braga; Jorge Ulisses e Adelina Vieira.
No sábado, 13 de Abril, a iniciativa abre pelas 9h30, com uma nova Mesa-redonda com Lídia Jorge; Pedro Mexia e Mónica Baldaque e moderação de Isabel Cristina Mateus e Cândido Oliveira Martins.
Pelas 11h30, irá decorrer um momento cultural com Luís Pipa a apresentar, Ondina – Composição original para piano solo e a leitura de textos de António Durães.
Nascida em Braga, a escritora Maria Ondina Braga tornou-se uma cidadã do mundo, face à sua vocação cosmopolita, viajando e trabalhando em vários continentes e países – da Europa (França, Inglaterra), passando pelo Brasil, por Angola e por Goa, com destaque para Macau e para a China. A sua obra multifacetada (contos, romances, crónicas, memórias) mostra-se profundamente marcada pela congenial vocação para a viagem e para o diálogo intercultural.