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Cabeceiras de Basto assinalou hoje o Dia do Município com singela cerimónia

Decorreu esta manhã, dia 29 de setembro, no edifício dos Paços do Concelho, a cerimónia evocativa do Dia do Município, celebrada este ano de forma muito singela, por força da pandemia COVID-19 e de forma a cumprir com as normas e as orientações da Direção Geral da Saúde.

 


Nesta cerimónia de caráter simbólico estiveram presentes os presidentes da Câmara e da Assembleia Municipal de Cabeceiras de Basto, Francisco Alves e Joaquim Barreto, respetivamente, vereadores, o presidente da Junta de Freguesia de Refojos, Outeiro e Painzela, bem como representantes das forças políticas com assento na Assembleia Municipal.
Depois do Hastear da Bandeira, realizou-se a Sessão Solene evocativa no Salão Nobre dos Paços do Concelho, assistindo, depois, os autarcas à missa em honra do Arcanjo S. Miguel, celebrada pelo Arcebispo de Braga, D. Jorge Ortiga, na Igreja do Mosteiro.

 
 
Cabeceiras de Basto


Na sua intervenção, o presidente da Câmara Municipal começou por destacar “a forma completamente diferente” com que hoje se assinalou o Dia do Município mas que não podia deixar de ser celebrado, evocando “parte da nossa história coletiva”.
“Somos um povo rico em história, cultura, usos, costumes e tradições. Uma história recheada de momentos, feitos e factos concretizados por homens honrados e corajosos tão bem personificados na história e na lenda do nosso Basto”, disse Francisco Alves, lembrando “ilustres cabeceirenses que ficaram na história como, entre outros, Júlio Henriques ou Joaquim Santos, mas também os que, nos dias de hoje, tanto nos orgulham porque se destacam nos campos da ciência, do desporto, da música, da literatura, etc”.


Assegurando que “somos uma terra de gente solidária que se organiza e trabalha em prol da comunidade, seja no desempenho de funções políticas nas autarquias, seja no trabalho voluntário nas associações e demais instituições educativas, sociais, culturais, desportivas”, Francisco Alves relembrou a mais antiga agremiação do concelho “que tanto nos honra e orgulha – a Banda Cabeceirense” e que celebra neste ano de 2020 o seu bicentenário. Para os dirigentes, associados, maestro e músicos da Banda deixou “uma palavra e abraço amigo”.

 
 


E continuou: “somos uma terra de comerciantes, industriais, e tantos outros empresários que tiveram a coragem de aqui ficar, investir e criar emprego. Somos uma terra de trabalhadores que nos seus empregos dão o seu melhor e tanto contribuem para a criação de riqueza. Somos uma terra de gente da cultura e da educação que colocam o seu conhecimento e saber ao serviço da comunidade. Por isso, mais do que um território nós somos um Povo. Um povo que tem uma identidade própria e que hoje, neste dia do Município, aqui quero homenagear”, realçou o presidente da Câmara Municipal.

Do mesmo modo, o presidente da Assembleia Municipal, iniciou o seu discurso referindo-se ao Dia do Município como “um dia festivo que este ano assinalamos de forma atípica, apanhados por uma pandemia que principiou como uma crise sanitária e se tornou numa crise de amplo espetro, atingindo todos os domínios da nossa vida comum o que nos
impede de viver efusivamente este dia mas não, orgulhosamente, o dia maior da nossa comunidade”. E acrescentou: “um dia que nos impele à exaltação do que somos, mas também à reflexão do que queremos ser, na busca de caminhos novos para o nosso tempo”.

 
Dia do municipio - Cabeceiras de Basto


Afiançando que “não há itinerário histórico sem crises”, Joaquim Barreto afirmou que “é preciso manter-nos focados no progresso sem perder de vista a nossa identidade e a sustentabilidade deste território”. A nossa terra “é o nosso lugar no mundo e é nosso dever contribuir para o seu responsável desenvolvimento”, garantiu o presidente da Assembleia Municipal, referindo que “é nosso dever reforçar o pacto comunitário que é a nossa raiz, fortalecer o pacto intergeracional e implementar um outro pacto ambiental”.


A terminar a sua intervenção, Joaquim Barreto, salientou que “a pandemia que vivemos faz-nos pensar o território de uma outra forma, mais coesa, dando valor ao que realmente importa e à necessidade de criar sinergias locais e regionais conducentes ao bem-estar social”. Recordando as palavras da Ministra da Coesão Territorial, o presidente da Assembleia Municipal finalizou: “interioridade não significa inferioridade”.

 

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