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Capital Verde Europeia 2026: um caminho percorrido coletivamente

No final da tarde desta quarta-feira, 18 de dezembro, no Grande Auditório Francisca Abreu, no CCVF, realizou-se uma sessão pública de apresentação da candidatura de Guimarães a Capital Verde Europeia 2026, cujo objetivo foi dar a conhecer aos vimaranenses a evolução registada no território desde 2014, ano em que o caminho para a sustentabilidade teve um impulso importante e significativo para o que foi a posterior adesão de toda a comunidade à causa ambiental.

 

Domingos Bragança, no seu discurso, fez questão de agradecer a todos pela envolvência demonstrada num caminho de “convicção, entusiasmo e pensamento”. “Sempre dissemos que percorrer este caminho coletivamente era fundamental. Um caminho que é mais importante do que a distinção recebida, que não é mais do que o reflexo do empenhamento do coletivo”, disse. “Uma Cidade, Um Planeta”, que significa viver de forma sustentável, utilizando apenas os recursos naturais que a Terra consegue regenerar o fornecer de forma contínua, foi o mote escolhido por Domingos Bragança para convencer os jurados da Comissão Europeia, em Valência, Espanha, no passado dia 27 de novembro, de que os vimaranenses estão comprometidos com um caminho que “ainda está no início e que é de gerações”.

 
 

Na opinião de Domingos Bragança, a chave para o sucesso da neutralidade climática em Guimarães está na educação ambiental, que leva à mudança de comportamentos, um processo que não é fácil e que exige uma “contaminação positiva” entre todos os cidadãos. Segundo o edil, uma cidade de média dimensão, como Guimarães, pode dar o exemplo a milhares de outras cidades europeias congéneres, permitindo a replicação de modelos de sucesso. “O difícil é fazer este caminho sem que haja decrescimento económico”, referiu.

A Ciência, como garante de rigor, é imprescindível para o sucesso deste desiderato, segundo o presidente da Câmara Municipal, mas também a consensualização que permita ciclos longos de políticas de sustentabilidade ambiental. “Quem percorreu o caminho connosco, com competência, vai continuar, pois queremos desenvolver Guimarães e contaminar todos os territórios vizinhos”, concluiu, depois de anunciar que serão constituídas três comissões para 2026: a comissão de honra, a comissão científica, e a comissão comunitária, esta última pretendendo abarcar todas as instituições representativas de Guimarães e envolver todos os agentes políticos e socioeconómicos da cidade.

 
 

No início do evento, Adelina Pinto, vereadora responsável pela candidatura de Guimarães a Capital Verde Europeia 2026, agradeceu a presença de todos e a forma como todos se sentiram comprometidos com o prémio. Descrevendo o processo que conduziu Guimarães até à obtenção do título de Capital Verde Europeia 2026, Adelina Pinto lembrou os presentes que tudo começou em 2013, com a visão de Domingos Bragança, que ousou sonhar para Guimarães um futuro sustentável. “Se hoje a sustentabilidade ambiental é um lugar comum, se todos tentam trabalhar para isto, não o era em 2013. Foi preciso coragem, determinação e acreditar”, disse.

Adelina Pinto recordou ainda o trabalho que esteve subjacente às três candidaturas (2017, 2023 e 2024), um trabalho de “muita aprendizagem, de muitos contactos, muitos projetos, muitos dados recolhidos, muitas candidaturas ganhas, muita obra feita”. Por fim, foi realçado o papel preponderante de Isabel Loureiro, Coordenadora da Estrutura de Missão, de Carlos Ribeiro, diretor executivo do Laboratório da Paisagem, e de toda a estrutura técnica da Câmara Municipal de Guimarães, liderada por Dalila Sepúlveda, diretora do Departamento de Ambiente e Sustentabilidade.

 

Na sessão, foi replicada a apresentação realizada em Valência durante a decisão final, um momento protagonizado por Isabel Loureiro, Carlos Ribeiro, Dalila Sepúlveda e a jovem Maria, que simbolizou o futuro de Guimarães.

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