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CCDR: António Cunha eleito a Norte com 2.397 votos a favor e 759 votos brancos

O ex-reitor da Universidade do Minho António Cunha foi eleito presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) com 2.397 votos, num universo de 3.304 votantes, dos quais 759 votaram em branco, segundo os resultados oficiais.

 

Em Vieira do Minho, António Cunha foi eleito com 33 votos válidos, oito brancos e zero votos nulos num universo de 41 eleitores dos 44 inscritos.

 
 


De acordo com os dados divulgados hoje pela Direção-Geral das Autarquias Locais (DGAL), dos 4.091 eleitores inscritos, votaram 3.304 autarcas, tendo-se registado 759 votos brancos, 148 nulos e 2.397 votos a favor.

Na madrugada de hoje, numa primeira reação aos resultados provisórios divulgados pela DGAL, o novo presidente da CCDR-N salientou que a região deu um sinal inequívoco de maturidade e vontade de mudança, afirmando ser estimulante ter alcançado 72% dos votos.

 
 
António Cunha
DR

“A legitimação regional que recebi dá mais força e mais independência ao exercício do meu mandato de Presidente da CCDR-N. Serei um intérprete responsável dessa legitimação”, disse.

Assinalando que os resultados expressos pelos representantes eleitores da região superam, em participação, os 70% do colégio eleitoral, facto que considera “assinalável”, António Cunha mostrou-se satisfeito com a votação expressa na sua candidatura.

 

“É muito estimulante”, salientou, acrescentando que “a região deu um sinal inequívoco de maturidade, de afirmação e de vontade de mudança”.

No entender de António Cunha, candidato único que quando anunciou a sua candidatura revelou que o convite resultou de “um acordo entre os dois partidos”, PS e PSD, o ato eleitoral de terça-feira representa uma viragem positiva, marcando uma nova etapa no “desenvolvimento mais participado e democrático, mais ambicioso e sustentável da Região Norte” e na afirmação “da sua consciência coletiva e da sua voz no país e no espaço inter-regional ibérico”.

 

Segundo os dados da DGAL, para a vice-presidência do organismo do Norte foi eleito o ex-autarca social-democrata de Macedo de Cavaleiros Beraldino Pinto (também candidato único), com 60 votos a favor e 11 brancos, num universo de 71 votantes, em 86 eleitores inscritos.

Para António Cunha, começa agora uma nova fase “complexa e decisiva no futuro da região”, com muitos desafios e pouco tempo para o fazer.

 

“O presente e o futuro estão cheios de oportunidades – tanto no atual ciclo de instrumentos de financiamento comunitário, como naquele que se avizinha -, mas também de incertezas, atrasos e questões por esclarecer. Nesse contexto exigente, a CCDR-N terá de reencontrar-se com a sua melhor tradição de planeamento estratégico e de gestão proativa e exigente”, assinalou o dirigente numa resposta à Lusa.

E acrescentou: “o Norte é, quer ser e tem de ser uma região motora e uma região liderante, para bem de si mesmo e para o bem de Portugal”, concluiu.

Perto de 4.100 eleitos de 86 concelhos participaram pela primeira na votação para eleger o futuro presidente da CCDR-N.

Depois destas primeiras eleições (indiretas) para as CCDR, António Cunha sucede a Freire de Sousa na região Norte, que nomeado em 2016 pelo Governo para o cargo.

Com cerca de 3,6 milhões de habitantes, a região do Norte concentra quase 35% da população residente em Portugal, assegura perto de 39% das exportações nacionais e representa cerca de 29% do Produto Interno Bruto (PIB) da economia nacional, descreve a CCDR-N na sua página oficial na Internet.

Mais de 10.000 autarcas foram na terça-feira chamados a eleger pela primeira vez, através de colégios eleitorais regionais, os cinco presidentes das CCDR, que eram até agora nomeados pelo Governo.

Apesar de ser formalmente uma eleição, os candidatos resultaram maioritariamente de um acordo entre o Governo e o líder da oposição, Rui Rio, e o sistema não é consensual, tendo havido vários apelos ao boicote por parte de autarcas e partidos.

As CCDR são serviços desconcentrados da Administração Central, dotados de autonomia administrativa e financeira, incumbidos de executar medidas para o desenvolvimento das respetivas regiões, como a gestão de fundos comunitários.

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