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Centenário de Salgado Zenha assinalado na UMinho

A Escola de Direito da Universidade do Minho (EDUM), em Braga, recebe a 2 de maio a conferência do centenário do nascimento do advogado e político Francisco Salgado Zenha. A sessão de abertura conta às 14h30 com os discursos da vice-presidente da Assembleia da República, Edite Estrela, do reitor da UMinho, Rui Vieira de Castro, e da presidente da EDUM, Cristina Dias.

 

De seguida, tomam a palavra os antigos ministros João Soares e Daniel Proença de Carvalho e um familiar do homenageado, José Henrique Salgado Zenha, para evocar o seu percurso cívico, político, jurídico e pessoal, bem como a provedora de Justiça, Maria Lúcia Amaral. A moderação cabe ao professor Wladimir Brito.

 
 

O evento vai ser transmitido no YouTube da UMinho e conta também com a presença da presidente do Supremo Tribunal Administrativo, Dulce Neto, da ministra da Justiça, Catarina Sarmento e Castro, e da ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato.

Exposição evocativa

 
 

A agenda inclui ainda a abertura da exposição “As Páginas Necessárias” em dois locais do campus de Gualtar, sendo às 11h30 no B-Lounge da Biblioteca Geral e às 17h30 na própria EDUM. Trata-se de uma seleção do espólio bibliográfico de Salgado Zenha entregue há 25 anos pela sua família à EDUM, a qual tem uma biblioteca com o seu nome.

O acervo de 20.000 documentos inclui obras de variados temas, como direito, história, filosofia e clássicos literários, a par de peças judiciais, discursos e cartas, mostrando as relações do evocado com nomes como François Mitterrand, Mário Soares e José Cardoso Pires. Esta exposição tem a parceria dos Serviços de Documentação e Bibliotecas da UMinho e pode ser visitada na EDUM até 15 de dezembro e na Biblioteca Geral até 2 de junho, a qual fica depois patente até final desse mês na biblioteca homónima do campus de Azurém, em Guimarães.

 

Este programa insere-se nas celebrações dos 30 Anos da EDUM e do Cinquentenário da UMinho, tem os Altos Patrocínios da Presidência da República e da Assembleia da República e é organizado em conjunto com o Município de Braga, a Assembleia Municipal de Braga e a Comissão Promotora da Homenagem aos Democratas de Braga.

Aliás, a 2 de maio há também, às 14h00, o descerramento de uma placa no local onde nasceu Salgado Zenha, no largo da Senhora-a-Branca, em pleno centro de Braga. Mais tarde, às 21h30, realiza-se no Altice Forum uma sessão solene da Assembleia Municipal de Braga, com intervenções da sua presidente, Hortense Santos, da deputada parlamentar Palmira Maciel, do presidente da Associação Portuguesa de Escritores, José Manuel Mendes, e de José Henrique Salgado Zenha. Prevê-se igualmente uma mensagem gravada do secretário-geral da ONU, António Guterres, que privou com Salgado Zenha.

 

Outro ponto alto é a 15 de dezembro, no aniversário da EDUM, que deve ter vários oradores convidados e a apresentação de um livro escrito por um conjunto de professores e juristas sobre Salgado Zenha, fixando a memória de todas as facetas daquela figura ímpar da oposição ao Estado Novo e do desenvolvimento da democracia.

​Francisco Salgado Zenha (1923-1993) licenciou-se em Direito em Coimbra, onde presidiu à Associação Académica. Notabilizou-se também como advogado na defesa de presos políticos, além de ter sido cofundador do PS, vice-presidente da Assembleia do Conselho da Europa, primeiro presidente da Assembleia Municipal de Braga, ministro da Justiça e das Finanças no pós-25 de Abril (tendo criado a Provedoria de Justiça e renegociado a Concordata com a Santa Sé) e candidato à Presidência da República. São dele expressões como “Não serei instrumento de ninguém” ou “Só é vencido quem nunca desiste de lutar”.

 

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