Covid-19 Seis meses depois, o medo da segunda vaga
Seis meses depois dos dois primeiros casos positivos no país, e a três semanas da chegada do outono, a estratégia do Governo para receber uma nova vaga de covid-19 no tempo frio ainda não está fechada. Recorde alguns dos principais acontecimentos desde o início da pandemia em Portugal.
2 DE MARÇO
As duas primeiras pessoas infetadas
Primeiros casos positivos: dois doentes internados em hospitais do Porto. O país estava em alerta, depois de se saber que o escritor chileno Luís Sepúlveda estava internado em Espanha, após ter estado seis dias num festival literário na Póvoa de Varzim.
8 DE MARÇO
Marcelo entra em quarentena
O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, entra em quarentena de 14 dias após receber em Belém uma turma de Felgueiras. Portugal tem, nesta fase, 25 infetados e nenhuma morte. Suspensas visitas a lares, prisões e hospitais.
11 DE MARÇO
OMS: pandemia e fecho de escolas
Com mais de 118 mil infeções em 114 nações e contadas 4291 mortes, a Organização Mundial de Saúde decreta o surto como pandemia mundial. No dia seguinte, o Governo anuncia o fecho das escolas até ao fim das férias da Páscoa.
16 DE MARÇO
Primeira morte e cerca em Ovar
Morre um homem de 80 anos, internado no Santa Maria, em Lisboa. É imposta uma “cerca sanitária” a Ovar, após uma escalada descontrolada de infeções.
18 DE MARÇO
Primeiro estado de emergência
Ouvido o Conselho de Estado por videoconferência, Marcelo decreta o estado de emergência, uma estreia da nossa vida em democracia. O Parlamento aprova o decreto (com abstenções do PCP, Os Verdes, Iniciativa Liberal e da deputada Joacine Katar Moreira); o Governo aprova as medidas: mais poder para as polícias, que passam a apertar o controlo da circulação; estabelecimentos não essenciais encerram; idosos ficam em casa, escolas e fronteiras estão fechadas desde o dia 16. O estado de emergência foi renovado por mais dois períodos de 15 dias sucessivos: a 3 e a 18 de abril.
28 DE MARÇO
Portugal chega aos 100 mortos
Portugal chega aos 100 mortos. Os casos confirmados aumentaram 21,1% para um total de 5170. Um em cada três está na Área Metropolitana do Porto, a mais afetada do país. Os lares de idosos preocupam.
4 DE ABRIL
A nova telescola, uma novidade
Governo e a RTP assinam uma parceria para um novo modelo de telescola: a televisão pública vai transmitir aulas para alunos até ao 9.º ano, depois de as aulas presenciais serem suspensas. A 11 de abril, entra em vigor a lei para retirar dois mil presos das cadeias.
12 DE ABRIL
Uma Páscoa diferente
“Nada mais vai ser como era dantes”, avisou Marta Temido, ministra da Saúde, admitindo que terá de haver sempre medidas de restrição até que haja uma vacina. É domingo de Páscoa e as missas são transmitidas pela Internet e com altifalantes em igrejas vazias.
20 DE ABRIL
Mais de 20 mil empresas paradas
Dados do Ministério do Trabalho mostram que já acederam ao lay-off (redução de horários ou suspensão temporária de contratos de trabalho) 20 554 mil empresas dos setores do alojamento, restauração e similares.
30 DE MAIO
Uma bazuca que vale milhões
União Europeia prepara-se para dar uma resposta à altura: Portugal poderá receber 46,5 mil milhões de euros a partir de janeiro de 2021 e nos seguintes sete anos.
3 DE JUNHO
Futebol regressa mas sem público
A Liga de futebol regressa quase três meses depois, mas sem público, medida que contrasta com a reabertura das salas de espetáculo que puderam voltar a receber espectadores.
19 DE JUNHO
Morre o primeiro médico
Desde o início da pandemia foram infetados 3681 profissionais de saúde (516 médicos, 1180 enfermeiros e 1082 assistentes operacionais). Neste dia morreu o primeiro médico, de 68 anos. Terá sido infetado por um colega e não teria fatores de risco. Esteve mais de 40 dias internado no Hospital S. José.
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