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Covid-19: Vírus pode persistir ativo no ar durante três horas

Novas revelações científicas contribuem para que todos adotem comportamentos de higiene e distância social de segurança ainda mais rigorosos.

 

O novo coronavírus, que explodiu numa pandemia global e provoca a doença respiratória chamada Covid-19, pode permanecer viável e infeccioso no ar e nas superfícies muito tempo após a passagem do indivíduo que o transportou e expeliu.

 
 

É o que diz um estudo científico divulgado esta semana, a terceira de março de 2020, pelo Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas (NIAID – National Institute of Allergy and Infectious Diseases), que faz parte dos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos da América. O estudo mimetiza a dispersão do vírus depositado por uma pessoa infetada em várias superfícies quotidianas de uma casa e de um hospital, assim como analisa os efeitos derivados de tosses e espirros e do contacto do vírus com objetos e superfícies.

O coronavírus não tem propulsão autónoma, como sabemos, “o vírus não voa; é transportado”, como explicara ao JN o pneumologista Filipe Froes.

 
 

Mas agora sabermos cientificamente que o microrganismo infeccioso pode permanecer viável, isto é, não degradado e capaz de infetar, em partículas no ar até cerca de três horas. É o que diz esse estudo do NIAID, ainda que a situação só pareça aplicar-se a procedimentos invasivos, e realizados em ambiente hospitalar, às vias respiratórias, isto é, ao nariz e à boca, dos doentes.

O médico especialista Filipe Froes também esclareceu o assunto há dias à RTP: “O vírus fica em suspensão no ar alguns minutos. Mas a transmissão produz-se quando são realizados procedimentos invasivos nas vias aéreas do doente – nomeadamente intubação, broncofibroscopia [exame com endoscópio a infeções brônquicas e pulmonares, por exemplo] ou outro tipo de manipulação em ambiente hospitalar, como aspiração de secreções”.

 

O pneumologista diz ainda: “O doente, ao perder a capacidade de filtro do nariz e da boca, e quando se lhe provoca uma aerossolização [pulverização] maior de partículas, essas partículas, que são ínfimas, ficam paradas no ar. Mas essa disseminação em via aérea só acontece quando há procedimentos invasivos às vias dos doentes em ambiente hospitalar”, garante Filipe Froes.

Às 14.30 horas desta quarta-feira, o número mundial de pessoas infetadas era de 204.251 e o total de mortos ascendia aos 8.246. As pessoas infetadas que recuperaram da doença Covid-19 são agora 82.091.

 

Fonte: JN

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