«Dê a cara por quem não pode»!
Numa altura em que os Portugueses passam por um período sem igual, o dever cívico de
recolhimento domiciliário foi decretado em Portugal como medida de contenção da
pandemia COVID-19. Se por um lado, a quarentena tem sido uma das ações mais
eficazes no combate ao vírus, por outro, torna-se uma ameaça para as vítimas de violência doméstica.
Não ficando indiferente a este contexto, a Altice Portugal e o MEO, em parceria com a
Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV), a Guarda Nacional Republicana (GNR)
e a Policia de Segurança Pública (PSP), associam-se à luta contra este flagelo através de
uma campanha de sensibilização, incentivando a uma maior atuação cívica.
Com o isolamento social, as situações de tensão e o número de casos de violência
doméstica têm vindo a agravar-se. Urge assim, apelar a todos os Portugueses para um
problema ainda mais grave durante estes tempos de isolamento.
Sob o mote “Dê a cara por quem não pode”, o MEO e três das principais entidades em
Portugal no combate a este problema, apelam aos familiares, amigos ou vizinhos, bem
como a outros membros do círculo próximo das vítimas, que não permaneçam em silêncio nesta altura de crise e que deem voz a quem não pode fazer por si próprio.
“Humaniza-te” volta a surgir assim como mote orientador desta nossa campanha, que
pretende apelar a uma maior proximidade e a valores que devem ser assumidos pela
sociedade.
Para Alexandre Fonseca, Presidente Executivo da Altice Portugal, «este é um
tema que a todos diz respeito e ao qual ninguém pode ficar indiferente. A Altice Portugal, através do MEO, tem desafiado os Portugueses a quebrarem todas as barreiras do
silêncio, apelando para que se unam a favor de uma causa que é de todos. É por isso,
que em conjunto com a APAV, GNR e PSP, queremos dar a voz por quem não o consegue
fazer sozinho.
Hoje, uma vez mais, todos juntos lutamos por um País melhor!» «Atravessamos atualmente um contexto de confinamento que nos desafia diariamente a
fazer mais e melhor. À semelhança do que acontece em todo o mundo, adaptámo-nos a
uma nova realidade e unimos esforços para dar continuidade à nossa missão de apoiar
vítimas de crime, seus familiares e amigos/as. Com esta iniciativa, voltamos a juntar-nos
à Altice Portugal, à GNR e à PSP para cumprir objetivos comuns: incentivar a participação
cívica de todos/as e alertar para a urgência de uma sociedade sem violência.», refere
João Lázaro, presidente da APAV.
Para o Comandante-Geral da GNR, tenente-general Botelho Miguel, «A violência
doméstica constitui uma preocupação prioritária da GNR, enquadrando-se esta campanha numa estratégia de consciencialização, que visa contribuir para a mudança de
comportamentos da sociedade e para a progressiva intolerância social face a este
flagelo.»
Para a Polícia de Segurança Pública, pela experiência acumulada de décadas de resposta
emergente aos momentos mais críticos nas ocorrências de violência doméstica,
reconhece o profundo impacto que este crime tem na vida das suas vítimas. Por ser
praticado pelos que nos são mais próximos, pais, filhos ou cônjuges, o seu efeito é ainda
mais traumático.
As sensações de profunda vulnerabilidade e abandono fazem a vítima
crer-se sem solução, transformando o medo comum, em pânico. No Policiamento de
Proximidade diariamente efetuado, as equipas da PSP especializadas em atender e
proteger vítimas de violência doméstica, trabalham incessantemente para encontrar as
melhores soluções de proteção para cada caso.
E mesmo durante a situação epidemiológica da COVID-19, a PSP reinventou a sua atuação, reforçando os contactos diretos com as vítimas e criando o endereço violenciadomestica@psp.pt, para que o isolamento não dificultasse a proteção que queremos dar a todos.