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Diretores aplaudem “comportamento exemplar” dos alunos

 Os diretores escolares aplaudiram hoje o “comportamento exemplar” dos alunos do secundário que regressaram às escolas, equipados com máscaras e cumprindo as regras de distanciamento social definidas para o recomeço das aulas presenciais em tempo de pandemia.

 

Depois de dois meses fechados em casa e com ensino à distância, milhares de alunos começaram hoje a regressar às escolas. Na maioria dos estabelecimentos de ensino, uns tiveram aulas durante toda a manhã, enquanto outros vão recomeçar durante a tarde, as aulas presenciais.

 
 

“A principal expectativa dos diretores e professores para o dia de hoje era perceber como é que os alunos se iriam comportar e o que estamos a ver é um comportamento exemplar”, disse à Lusa o presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), Filinto Lima.

A maioria dos alunos já trazia a sua própria máscara de casa e por isso os equipamentos de proteção que o Governo distribuiu, na semana passada, pelas escolas serviram essencialmente aos professores e restantes funcionários, contou Filinto Lima.

 
 

Além de virem protegidos, “os alunos entraram nas escolas de forma ordeira e sem grandes cumprimentos ou abraços, cumprindo sempre as regras de distanciamento”, acrescentou orgulhoso o representante dos diretores escolares.

“Até ao momento não temos relatos de problemas. Os alunos estão muito conscientes e são conhecedores das regras, estando a cumpri-las”, sublinhou.

 

Hoje, ainda houve alguns alunos que não retomaram o ensino presencial, essencialmente porque as famílias temem o perigo de contágio.

Segundo Manuel Pereira, presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares (ANDE), entre 20% e 25% dos estudantes optaram por continuar a ter aulas em casa, segundo um primeiro balanço com base em dados recolhidos junto de diretores de todo o país.

 

No entanto, os diretores acreditam que este número terá tendência a diminuir ao longo da semana, conforme as famílias se forem apercebendo de que “as escolas estão preparadas para os receber e que os riscos de contágio estão minimizados”, explicou Filinto Lima.

Em algumas escolas também faltaram alguns professores, por pertencerem ao grupo de risco de covid-19. Sendo que os diretores começaram por recorrer “à prata da casa” para substituir quem falta e também abriram concursos na semana passada para as vagas.

 

Desde 16 de março, que as crianças e estudantes do básico ao ensino superior estavam a ter aulas à distância, por imposição do Governo como forma de tentar conter a disseminação do novo coronavírus, que provoca a doença covid-19.

Hoje, as crianças e os adolescentes do 11.º e 12. ano e os alunos do 2.º e 3.º anos dos cursos de dupla certificação do ensino secundário começaram a regressar às escolas.

O dia de hoje também é marcado pela retoma das visitas aos utentes dos lares de idosos e a reabertura de algumas lojas de rua, cafés, restaurantes, museus, monumentos e palácios.

Portugal contabiliza 1.231 mortos associados à covid-19 em 29.209 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia.

SIM // JMR

Lusa/fim

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