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Entrelaçados da artista famalicense Vera Silva em exposição na Casa-Museu Soledade Malvar

A Casa-Museu Soledade Malvar vai receber «Penélope», uma exposição da artista famalicense Vera Silva, inspirada no tecer e entrelaçar de fios. A inauguração acontece no dia 5 de fevereiro, às 15 horas, e ficará patente até dia 18 de março de 2022, no referido espaço.

 
entrelaçados

Inspirada na arte de tecer, Vera Silva apresenta um conjunto de peças que transparecem “uma tela que é continuamente feita e desfeita, em busca de algo inalcançável”, como é possível ler no texto de apresentação. Mais do que o objeto apresentado, há a manifestação de “toda a sua envolvente e o desenho que a luz que nele incide cria, tornando a sua sombra parte da obra”, trata-se do resultado de um “tecer e entrelaçar de memórias num objeto que é, na sua essência, parte de quem as tece”.

 
 

Nas palavras da artista, a seleção do nome «Penélope» para a exposição, teve a sua origem na “lenda da personagem (da mitologia) grega, com o mesmo nome. Penélope tecia o seu manto durante o dia e desfazia-o durante a noite. Apesar de o ter feito com um propósito específico, esta lenda, para mim, sempre significou uma busca incessante pela perfeição, e sobre a aceitação de não a conseguirmos alcançar”, refere.

Vera Silva revelou desde cedo aptidão para o mundo artístico, tendo assumido esta vocação logo no ensino secundário, onde enveredou por estudos ligados às artes visuais na Escola Secundária Camilo Castelo Branco. Licenciou-se em Artes Plásticas, no ramo de Escultura, pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto em 2017, e, atualmente, faz parte da equipa criativa de uma empresa ligada à área da decoração. Está a abrir asas à sua capacitação artística, formando-se na arte da joalharia.

 
 

Recorde-se que a Casa-Museu Soledade Malvar é o resultado da doação ao Município de Vila Nova de Famalicão da coleção de arte da antiquária famalicense, Maria da Soledade Ramos Malvar Osório. O imóvel, local onde esta habitou e teve o espaço de venda de antiguidades, foi projetado pelo arquiteto Eduardo Martins e construído, entre os anos 1955 e 1957 pelo engenheiro António Pinheiro Braga. O acervo museológico é constituído por antiguidades que Soledade Malvar foi colecionando ao longo dos seus quase 100 anos de vida, onde joias, faianças e pinturas convivem em perfeita harmonia com o mobiliário dos séculos XVIII e XIX. No piso térreo do edifício, dispõe ainda de uma galeria para acolhimento de exposições temporárias.

A Casa-Museu Soledade Malvar funciona de terça a sexta-feira, das 10h00 às 17h30, encerrando à segunda, fins de semana e feriados. O espaço encontra-se na Avenida 25 de Abril, em Famalicão.

 

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