Ex-aluna da UMinho lança livro sobre as mulheres
A jornalista Ana Cristina Pereira, formada pela Universidade do Minho, acaba de lançar o livro “Mulheres da Minha Ilha, Mulheres do Meu País”, que reflete as mudanças trazidas pelo 25 de Abril através de cerca de 30 histórias de mulheres.
A obra vencedora do Prémio Maria Aurora, do Município do Funchal, vai ser apresentada esta sexta-feira, dia 25, às 18h30, na Fnac do Norte Shopping, em Matosinhos. A sessão conta com a investigadora Alexandra Oliveira e duas protagonistas do livro, a engenheira civil Samantha Quental Teixeira e a cantora Mariana Camacho, que vai dar um miniconcerto. Prevê-se ainda breves momentos de leitura pela voz do ator Rui Spranger.
“Começou por ser um exercício de inclusão das mulheres na História e acabou por se transformar num livro-testemunho do legado de Abril”, diz Ana Cristina Pereira. “A Madeira, lugar de fronteira, assume aqui o papel de microcosmos. As protagonistas nasceram num intervalo de 50 anos. Pertencem a diversas gerações, são oriundas de várias classes sociais. Através das suas histórias, entrelaçadas com a história das mulheres em Portugal, vamos vendo como o país mudou.” Esta edição da Bertrand tem ilustrações de 18 artistas originários ou residentes na Madeira e posfácio da socióloga Sofia Aboim.
Estão já agendadas mais sete apresentações da publicação: a 4 de março, às 18h00, no Teatro Baltazar Dias, no Funchal: a 5 de março, às 16h30, na Biblioteca Municipal de São Vicente, também na Madeira; a 8 de março, às 18h30, na Fnac do Colombo, em Lisboa; a 11 de março, às 21h00, na Casa Manuel Espregueira e Oliveira, em Viana do Castelo; a 6 de abril, às 10h00, na Universidade Lusófona do Porto; a 22 de abril, às 17h00, na Feira do Livro de Santa Cruz, na Madeira; e a 3 de maio, às 15h00, no Centro Cultural Penedo da Saudade, em Coimbra.
Nota biográfica
Ana Cristina Pereira nasceu em São Vicente, na Madeira, e licenciou-se em Comunicação Social pela UMinho. É repórter do “Público” desde 1999. Já fez reportagens sobre o tráfico de órgãos em Moçambique, as lutas políticas na Venezuela ou o movimento Occupy Central em Hong Kong, entre outras, mas é em Portugal que costuma desenvolver o seu trabalho. É autora dos livros “Meninos de ninguém” (2009), “Viagens brancas” (2011) e “Movimento perpétuo” (2016), fruto do seu trabalho jornalístico, que incide em especial sobre direitos humanos e exclusão social.
Na sequência de projetos voluntários, coassina os livros “Desafios: direitos das mulheres na Guiné-Bissau” (2012), “Todas as Vozes/All the Voices” (2014) e “Mulheres de São Tomé e Príncipe” (2018). Também escreveu as peças de teatro documental “Onde o frio se demora”, coproduzida pela Narrativensaio e pela Casa das Artes de Famalicão, e “Agora é diferente”, pela Feiticeiro do Norte. Tem participado em projetos coletivos, como o livro “As vozes do silêncio: um grupo de sem-abrigo à conquista de cidadania”, e orientado oficinas sobre diversidade e direitos humanos nos media.