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Exposição “ Da Tradição à Inovação: Os Novos Rumos do Figurado de Barcelos”

O Museu de Olaria volta a ser a casa do Figurado de Barcelos, essa ancestral arte representativa de uma das atividades artesanais mais importantes do concelho.

 
Barcelos
Imagem Ilustrativa


Desta vez viaja-se “Da Tradição à Inovação: Os Novos Rumos do Figurado de Barcelos”, exposição que reúne peças de Carlos Dias, Telmo Macedo, Laurinda “Pias” e Eduardo e Jesus “Pias”.
A mostra é inaugurada no próximo sábado, dia 6 de novembro, às 16h00, no Museu de Olaria, e vai estar patente ao público até ao final do mês de junho do próximo ano.

 
 


“O Figurado de Barcelos, marca de destaque da região do Minho, tem a identidade assente na tradição. No passado, o Galo de Barcelos ou as obras de Rosa Ramalho foram, em certa medida, disruptivos e uma lufada de ar fresco no panorama artístico nacional. Estes e outros fatores fizeram deles conhecidos e famosos pelo mundo fora, sendo atualmente parte integrante e indissociável do que chamamos tradição. Desta forma, tradição e inovação convivem lado a lado, mantendo viva esta arte.

A primeira transporta a aprendizagem do saber-fazer, passando de geração em geração; e ainda as temáticas, que vão guiando as mãos dos artistas em formas e feitios mais ou menos estandardizados. Por outro lado, a audácia e a rebeldia que cada artista fornece às criações trilham e desbravam novos mundos. E ainda, norteiam uma (re)visão estética das obras com base nas idiossincrasias dos artistas e na atualidade do mundo, entre outros aspetos. Sem desprimor pelos dogmas e cânones, não cortam com o passado, apenas o ressignificam com novas dimensões, resultando em assinaturas artísticas distintas”.

 
 

Neste sentido, o Museu de Olaria apresenta a exposição “Da Tradição à Inovação”: o figurado de Carlos Dias, Telmo Macedo, Laurinda “Pias”, Eduardo e Jesus “Pias”, onde podemos desfrutar das obras destes ceramistas barcelenses.


Tal como o barro nasce da terra e as figuras brotam das mãos do artista, também este nasce, floresce e amadurece ao longo da sua vida e obra. Desde a aprendizagem no seio familiar, todos eles, em certa medida, beberam do imaginário que preenche o Figurado de Barcelos. E com esta bagagem comum, Carlos Dias, Eduardo “Pias” e Jesus “Pias”, Laurinda “Pias”, e Telmo Macedo decidiram fazer à sua maneira, gizando novas perspetivas e representações sobre o Figurado de Barcelos.

 

Barristas representados na exposição

Carlos Dias possui uma peculiar visão do mundo, traço que influenciou e guia em definitivo a paleta cromática utilizada. No seu trabalho, vai mesclando o escuro e o claro das pastas, fundindo a dureza do grés e a delicadeza da porcelana. As suas obras são pautadas por linhas modernas e estilizadas.
Telmo Macedo principiou na arte do barro fazendo cascatas, tradição familiar que o enfadava. O seu gosto pela criação levou-o para o figurado. Com ideias próprias e o auxílio paterno, forjou um estilo jovial, dinâmico e de linhas arrojadas, pautado por cores garridas e detalhes curiosos.
Laurinda “Pias” molda com delicadeza e destreza ímpar diferentes tamanhos e figuras, e tem em Santo António a sua predileta. Vagueia noturna por dois caminhos, ora conjugando a pureza da terracota com a faiança, ora banhando as suas criações em inconfundíveis vidrados irisantes.
Eduardo “Pias” e Jesus “Pias” impelem ao grés uma vida fora do habitual. Variam entre contornos pormenorizados, quase esculturais, ou formas divertidas com policromia. Desta forma, imprimem ao Figurado de Barcelos o seu cunho pessoal distintivo, reconfigurando-o em cada obra concebida.

 

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