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Famalicão apontou o caminho para o futuro da indústria nacional

“O país tem que ser mais parecido com o Norte e tem de olhar para o trabalho excecional que muitos municípios desta região, como é o caso de Vila Nova de Famalicão, têm feito na área do empreendedorismo, competitividade e inovação”. A convicção é do professor de Economia da Universidade do Minho, Fernando Alexandre, um dos oradores convidados do 4.º Fórum Económico de Famalicão que ontem encheu o grande auditório da Casa das Artes.

 

O docente falava na apresentação do estudo “Do Made IN ao Created IN”, da Fundação Francisco Manuel dos Santos, que não só produz um diagnóstico rigoroso da economia portuguesa nas últimas décadas, como também aponta um futuro para o país e para a sua economia. Futuro esse que, defende o economista, deve basear-se na criação de condições para a transição do paradigma made in para o paradigma created in, baseado no conhecimento e nas qualificações, e onde a inovação ocupa um lugar central no processo de criação de riqueza.

 
 

Fernando Alexandre falava depois das intervenções iniciais que marcaram o arranque da iniciativa conjunta do Jornal de Notícias, TSF e Município de Vila Nova de Famalicão.

Na abertura do evento o presidente da autarquia, Mário Passos, enalteceu a forte dinâmica do concelho e o “enorme contributo” que o projeto Made IN e os agentes económicos do concelho têm prestado a este propósito, mas, acrescenta, “agora é tempo de darmos um novo impulso”.

 
 

“Estamos, cada vez mais, a fazer a passagem de um município produtor para um município também criador. Criador de valor acrescentado, tanto ao nível de produtos e processos, como de qualificação de recursos humanos (…) Estamos orgulhosos do contributo que damos para a economia nacional, mas queremos ser também um agente de mudança. Para mais valor, para um novo paradigma produtivo e industrial, mais amigo das pessoas e do ambiente”, referiu o edil.

A iniciativa juntou ainda à conversa os empresários Raquel Vieira de Castro e João Koehler, o diretor do CITEVE, Braz Costa, e o presidente da Fundação José Neves, Carlos Oliveira.

 

O 4.º Fórum Económico de Famalicão terminou com um depoimento da ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, que apontou o concelho famalicense como um bom exemplo na captação de fundos comunitários.

Para a governante é chegado o momento de olhar para o futuro e definir estratégias capazes de responder a desafios tão importantes como o da digitalização, transição energética e descarbonização.

 

Ana Abrunhosa enalteceu ainda a importância do trabalho em rede. “A vida das empresas fica muito mais facilitada se estiverem inseridas num ecossistema inovador e se tiverem uma envolvente amigável ao investimento, à inovação e competitividade”.

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