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Famílias Vieirenses demoram 36 anos a pagar a sua habitação

Mesmo apesar da pandemia, o setor imobiliário e o mercado dos empréstimos à habitação continuam dinâmicos, acompanhando o objetivo de aquisição de casa própria de muitos portugueses.

 
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Imagem Ilustrativa

Nesse sentido, e com o intuito de alertar as famílias bracarenses para a necessidade de atentar na taxa de esforço, a plataforma ComparaJá.pt procurou analisar os custos de comprar um imóvel com recurso a financiamento nos diferentes municipios de Braga.

 
 
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Tendo por base os rendimentos e preço por m2 médios, bem como a TAEG média no crédito habitação verificada no distrito, este portal gratuito de comparação de produtos bancários e pacotes de telecomunicações procurou apurar qual o prazo mínimo expectável para a aquisição de um imóvel com 100 m² em cada localidade.“Através deste estudo é possível ter-se uma perceção clara da necessidade de se fazer uma análise criteriosa à capacidade financeira na hora de se solicitar um empréstimo para comprar casa, particularmente a taxa de esforço”, sublinha José Figueiredo, diretor-geral do ComparaJá.pt.

Este responsável explica que “A taxa de esforço corresponde à percentagem do rendimento das famílias que é destinada a pagar as prestações dos créditos, sendo que não deverá ser superior a um terço do rendimento total do agregado familiar. Ou seja, se um casal ganha, em conjunto, 1.500 euros líquidos por mês, então o valor mensal dos créditos não deverá ser superior a 500 euros”.

 
 

Na análise do ComparaJá.pt foi também considerado um aspeto por vezes negligenciado pelos consumidores no momento de comprar casa: a poupança prévia necessária para fazer face ao valor da entrada inicial, montante que geralmente corresponde entre 10% a 20% do valor de aquisição do imóvel.

Municípios de Cabeceiras de Basto e Vila Verde requerem apenas 21 anos para comprar casa

 

Conforme os dados da tabela abaixo, no município de Cabeceiras de Basto e Vila Verde, em menos de 21 anos é possível concretizar o objetivo de ter habitação própria. Já estes números contrastam muito com Esposende e Vieira do Minho, por exemplo, onde devido ao elevado preço dos imóveis, comprar uma casa com 100m2 demora cerca de 38 anos em Esposende e 36 em Vieira do Minho, exigindo quase duas décadas adicionais de trabalho do que nos municípios anteriormente destacados.

Mas o cenário é ainda pior no concelho de Terras de Bouro pois, atendendo à disparidade entre o custo das casas e os salários, uma família média terá de optar por uma habitação de apenas 83 m2, no valor de 140.516 euros, o que pressupõe um crédito habitação a 40 anos (limite máximo) e três anos de poupança para a entrada inicial.

 
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Critérios de análise:

  • Crédito à Habitação: Foi tido em conta um valor de financiamento (Loan-to-Value) de 90% do valor de aquisição e a TAEG média aplicável ao conjunto dos municípios do distrito, conforme os dados dos utilizadores do ComparaJá.pt dessa região ao longo de 2020. Os valores são meramente indicativos, devendo os consumidores simular condições ajustadas ao seu caso específico de acordo com o seu perfil e necessidades.
  • Taxa de Esforço: Corresponde a 33% dos rendimentos de um casal que aufira os valores médios de cada município. Este valor determina a prestação máxima mensal que cada família poderá suportar no que respeita ao crédito habitação.
  • Salário Médio: Os dados relativos ao valor do salário médio bruto foram retirados da PORDATA (“Ganho médio mensal dos trabalhadores por conta de outrem” – 2016). Para a obtenção do salário líquido a valores atuais foi utilizada a calculadora da consultora PwC, tendo sido posteriormente acrescida a estes valores a taxa de evolução média do salário líquido em Portugal de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística para o período entre 2016 e 2020.
  • Preço do m² por município: No que respeita ao preço do m² em cada um dos municípios teve-se em conta uma média ponderada dos dados dos principais portais imobiliários online – Casa SAPO, Idealista e Imovirtual – relativos aos últimos 12 meses para imóveis de tipologia T2 e T3 (Novos, Remodelados e Usados em bom estado de conservação) publicados quer por particulares quer por profissionais.

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