Festival cultural “Convergências” une Portugal e Galiza
O festival luso-galego “Convergências” assinala a sua sétima edição de 19 de abril a 9 de maio, com uma dezena de atividades de música, teatro e literatura em Braga, Ponteareas e Padrón, ambas na Galiza. Cristina Branco, Uxía, Óscar Ibáñez e Manuel Freire são alguns dos artistas do programa, que presta ainda tributo ao cantor Zeca Afonso e à escritora Rosalía de Castro.
A organização cabe ao Centro de Estudos Galegos (CEG) da Universidade do Minho e ao grupo Canto d’Aqui, com o apoio dos municípios de Braga e Ponteareas e da Xunta da Galiza, entre outros.
“Queremos acentuar os laços entre ambos os lados da raia e continuar a criar momentos enriquecedores de conhecimento e cultura, em especial nestes tempos adversos”, refere o coordenador do CEG e professor do Instituto de Letras e Ciências Humanas da UMinho, Carlos Pazos-Justo. Esta iniciativa anual tem precisamente o lema “Separados pelas águas, mas unidos pela língua, pelos costumes, pela cultura”.
O programa inicia na próxima segunda-feira, às 19h00, no Altice Forum Braga, com uma arruada dos Bomboémia e o concerto folk dos Canto d’Aqui e do gaiteiro Óscar Ibañez & Tribo. Este evento abre a Braga 2021 – Capital da Cultura do Eixo Atlântico. Já o Centro de Juventude da cidade acolhe no dia 23, às 19h00, um tributo a Rosalía de Castro com o fado de Cristina Branco e Uxía Senlle e, na manhã seguinte, a narração oral “Estórias familiares” do ator Quico Cadaval.
A 25 de abril, às 11h00, evoca-se no Theatro Circo a Revolução dos Cravos e Zeca Afonso, com os cantores de intervenção Manuel Freire e Francisco Fanhais, ladeados por Jorge Cruz ao piano e pelas vozes dos Canto d’Aqui. Prevê-se temas que marcam uma era, imortalizados por Vitorino, Fausto e Sérgio Godinho, entre outros. O mesmo local vai ser palco no dia 30, às 19h00, da peça teatral “A Fronteira”, pela companhia galega Furabolos.
As atividades em maio são em solo galego. O auditório principal de Ponteareas recebe no dia 7, a partir das 19h00, o lançamento do livro “Alfredo Guisado. Xente d’a Aldea e Outros Textos das Orixes”, de Carlos Pazos-Justo, sobre o poeta que levou a Galiza a Fernando Pessoa. O serão finda com as “Estórias familiares” narradas por Quico Cadaval.
Na noite seguinte, é a vez de ouvir naquele espaço as canções de Abril e polifonias tradicionais do Minho, através do Grupo Folclórico da UMinho e dos Canto d’Aqui. Estes dois grupos ficam ainda encarregues do concerto de encerramento, a 9 de maio, às 17h00, na Fundação Rosalía de Castro, em Padrón, aliando canto, dança, interpretação e poesia. A organização nota que as atividades previstas podem sofrer alterações caso haja uma eventual reconfiguração do contexto pandémico.