Guimarães reinventa programação cultural através de nova plataforma digital
Com mais de 30 espetáculos já disponíveis e uma agenda completa para este inusitado ano de 2021, o Município de Guimarães apresenta uma plataforma (https://em.guimaraes.pt) completa que serve toda a cadeia artística. A plataforma “Em Guimarães” quer aproximar o público ao setor artístico com uma simples ligação ao universo digital, disponibilizando o melhor que a Cidade Berço cria, produz e apresenta em termos artísticos numa relação de proximidade. Esta plataforma vem criar soluções excecionais para um tempo excecional, não substituindo a primazia ao consumo artístico presencial.
A vice-presidente da Câmara de Guimarães, Adelina Pinto, destaca esta aposta no sentido de “agregar tudo o que é cultura em Guimarães” e reforçar as oportunidades para as pessoas que trabalham e vivem da cultura, numa resposta às restrições impostas devido à pandemia. “Quando reunimos com os representantes do setor da cultura e artístico de Guimarães, há cerca de um ano, aquilo que nos pediram foi trabalho e não subsídios. O esforço desenvolvido pelo Município foi dar trabalho, proporcionando a realização de gravações de qualidade e permitir que a cultura continue a chegar às pessoas, num processo de reinvenção”.
Este novo espaço online une a cultura e a criatividade em Guimarães. Assim, empresas e particulares podem ficar a conhecer mais e melhor o tecido artístico e criativo, tal como os equipamentos existentes no concelho. Esta plataforma serve para explorar e perceber o grande dinamismo que a cidade vive em volta da arte, da cultura e da criatividade.
“Em Guimarães” conta com “espetáculos que vão desde o teatro às visitas guiadas, agenda cultural, diretório de artistas e espaços culturais e até transmissões em direto”, salientou Paulo Lopes Silva na apresentação do projeto.
Será, aliás, através desta plataforma que os concertos do Festival Internacional de Música Religiosa de Guimarães (FIMRG) serão transmitidos, entre os dias 27 de março e 3 de abril, readaptando-se a esta nova normalidade. Segundo a diretora do FIMRG, Elisabete Matos, “Guimarães teve a capacidade de se recriar e reinventar num esforço estratosférico para continuar a prestar serviço público e permitir trabalho aos artistas que estão a passar por dificuldades. Esta solução mostra que Guimarães é uma cidade com capacidade de reação e reinvenção imediata”, salientou. O Festival Internacional de Música Religiosa apresenta sete concertos que serão gravados em diferentes espaços de Guimarães e posteriormente transmitidos entre os dias 27 de março e 3 de abril, sempre às 21h30.
O músico vimaranense, Rui Souza (Dada Garbeck) evidenciou as múltiplas vantagens da nova plataforma digital, no sentido de “dar voz aos artistas” e a possibilidade de “produzir gravações com qualidade, através de um serviço que muitas vezes não é possível para os artistas dado os elevados custos”. Realça ainda que, através dos conteúdos produzidos, “é possível chegar a novos públicos” assim como a mais programadores na área da cultura. “Eu já tive mais contactos de outros programadores por consequência do espetáculo que foi gravado para a plataforma Em Guimarães”, salientou.