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Habitantes da Freguesia de Campos “opõem-se firmemente à passagem da linha de alta tensão” no seu território

A Associação de Preservação da Identidade da Freguesia de Campos, juntamente com os habitantes (permanentes e não permanentes) dos lugares de Campos, Lamalonga e Zebral, comércio local, casas de turismo, produtores de gado e
outras associações locais opõem-se firmemente à passagem da linha de alta tensão pelo corredor Norte, na área do Concelho de Vieira do Minho, corredor este que está em fase de discussão pública.

 

Numa missiva dirigida ao ministro do Ambiente e da Transição Energética, à Agência Portuguesa do Ambiente e ao presidente do conselho de administração da REN, a que a Lusa teve acesso, a Associação de Preservação da Identidade da Freguesia de Campos, juntamente com os habitantes (permanentes e não permanentes) dos lugares de Campos, Lamalonga e Zebral, comércio local, casas de turismo, produtores de gado e outras associações locais, salientam haver um traçado alternativo com “menor impacto” do que o “chamado” Corredor Norte.
 

 
 

“Estamos conscientes de que a linha de alta tensão terá de passar pelas aldeias. Contudo foram enunciados vários argumentos que indicam que o Corredor Norte será uma alternativa com efeitos assoladores para as populações dos lugares de Campos, Lamalonga e Zebral”, descrevem.


 Segundo o grupo, “existem várias posições de como o Corredor Sul é menos prejudicial, não causando impactos negativos na sustentabilidade dos referidos habitantes. A nível paisagístico e ambiental, também causará menos impacto e devastação”.
 As áreas mais prejudicadas pelo Corredor Norte, são, segundo o grupo, o turismo e a agricultura, sendo que na primeira lembram que a freguesia de Campos “tem duas aldeias classificadas como ALDEIAS DE PORTUGAL”, uma que “foi distinguida com prémio de Boas Práticas Locais Para o Desenvolvimento Sustentável e que foram feitos “fortes investimentos”.
 

 
 

Entres os investimentos, destacam-se “o Centro Interpretativo de Campos, Requalificação de Património (Moinhos, Fornos Comunitários e Canastros), Zona da Quebrada (Minas de Volfrâmio e Represa Fluvial), Casas Particulares, Casas de Turismo, Comércio Local e várias Rotas (Rota do Pão e do Volfrâmio).
 

O grupo refere que “parte do percurso da Rota do Volfrâmio irá coincidir com o itinerário do corredor da linha de alta tensão” e que esta irá também interferir com a construção do Passadiço dos Moinhos de Campos e que irá afetar várias paisagens, com destaque para a da Serra da Cabreira, uma das “principais atrações turísticas, assim como, de fixação de pessoas” nos locais envolventes.
 “Concluindo, todo o investimento e esforço feito por autarquias, particulares e associações será desvalorizado”, conclui o grupo.
 

 

Na agricultura, a carta salienta a existência de gado bovino a pastorear na área, assim como despesas acrescidas com o abate do corredor florestal para passagem da linha.
 “Não é de todo correto desfazer o trabalho que vários voluntários têm feito, assim como, o dos Sapadores Florestais”, salientam.
 

Para o grupo, o traçado da linha pode ser “desviado mais para sul evitando o desbaste do corredor de floresta, trilho pedestre e a rota do Volfrâmio”, traçado que, lembra o carta, foi chumbado” pelos destinatários.
 A missiva vai ser entregue amanhã dia 17 de março, quarta-feira, na Câmara Municipal de Vieira do Minho.

 

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