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“História da Filosofia Política” tem a coordenação de João Cardoso Rosas, professor da UMinho

É a primeira obra do género preparada de raiz por uma equipa portuguesa. Esta “História da Filosofia Política” tem a coordenação de João Cardoso Rosas, professor da Universidade do Minho, e 600 páginas para o leitor comum aceder com rigor às ideias políticas do Ocidente ao longo de 2500 anos, desde Platão a Hannah Arendt, e que marcam a sociedade atual. A edição da Presença é considerada “obrigatória” para os estudantes da área.

 
João Cardoso Rosas

O volume possui 25 capítulos, cada um sobre a vida e obra de um pensador, ou dois, caso haja proximidade temporal e intelectual, como Maquiavel e Tomás Moro. Foi escrita por autores das universidades da Beira Interior, Católica, Lisboa, Minho, Nova, Federal do Mato Grosso do Sul (Brasil), York (Reino Unido), Autónoma de Madrid e Carlos III (Espanha). Entre eles estão João Carlos Espada, Mónica Brito Vieira ou Viriato Soromenho Marques. A capa alude à pintura La Città Ideale, possivelmente da autoria de Piero della Francesca.

 
 

A “viagem intelectual” que este livro propicia inicia-se na antiguidade, com Platão, Aristóteles e Cícero, incorpora a visão cristã de Agostinho de Hipona e Tomás de Aquino e junta a escolástica tardia e o Renascimento de Maquiavel, Moro, Bodin e Altúsio. Explora a época moderna com Hobbes, Espinosa, Locke, Montesquieu e Hume, refletindo depois as transformações do fim do século XVIII, por Rousseau, Adam Smith, Kant, federalistas americanos, Burke, Comte ou Tocqueville. Entra na contemporaneidade pelo utilitarismo de Jeremy Bentham e Stuart Mill, além da dupla Hegel e Marx. Já no século XX repensa o choque do totalitarismo e do holocausto, por Popper e Arendt.

Uminho

Estes pensadores influenciaram a organização política das sociedades e criaram conceitos como Estado e República, justiça e bem comum, realismo e utopia, democracia e vontade geral, contradição social e luta de classes, revolução e reforma, totalitarismo e liberalismo, define Cardoso Rosas. “Nestes pensadores temos também a inspiração e os recursos para refletir com a máxima lucidez sobre os desafios do mundo, as incertezas atuais e as possibilidades do futuro”, acrescenta.

 
 

João Cardoso Rosas doutorou-se no Instituto Universitário Europeu (Florença) e tem sido docente e investigador visitante em Oxford (Reino Unido), Providence (EUA), Madrid (Espanha) e Lisboa. Na UMinho, é professor do Departamento de Filosofia do Instituto de Letras e Ciências Humanas e investigador do Centro de Ética, Política e Sociedade (CEPS) e do Centro de Investigação em Justiça e Governação (JusGov). Presidiu à Associação Portuguesa de Ciência Política e à Sociedade Portuguesa de Filosofia. Os seus livros publicados são, entre outros, “Novas Direções na Filosofia dos Direitos Humanos”, “Ideologias Políticas Contemporâneas”, “Left and Right: The Great Dichotomy Revisited” e “Concepções da Justiça”.

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