Inspiração para Portugal no ténis: que nações servem de exemplo
O ténis português vive um momento interessante em 2025, com vários nomes a emergir no circuito ATP. Para perceber de onde Portugal pode tirar inspiração, vale a pena olhar para outras nações que ultrapassaram fases menos brilhantes no passado — em particular a Itália, cujo exemplo recente é relevante.

O panorama atual do ténis português
Em 2025, um dos nomes mais promissores do ténis português é Henrique Rocha. Ele tem-se destacado pela sua agressividade e potência desde o fundo de court, com trocas de bola intensas e respostas fortes que pressionam o adversário. No seu percurso recente, protagonizou uma reviravolta histórica em Roland Garros, vindo do qualifying para vencer em cinco sets contra Nikoloz Basilashvili. Em vários torneios Challenger — como o Jamor — Rocha mostrou grande consistência no serviço e na resposta, salvando vários break‑points e mantendo a agressividade mesmo em momentos críticos.
Nuno Borges, outro pilar do ténis luso, é conhecido por um estilo de jogo versátil. Ele tem um jogo de base agressivo, com forehands potentes, mas também usa bem a rede quando a situação exige. O seu ténis combina força e inteligência tática, o que lhe permite manter-se competitivo em trocas longas e explorar os seus ganhos de vantagem com precisão. Em Roland Garros 2025, por exemplo, Borges esteve envolvido numa batalha física intensa, com dois tie‑breaks, o que revela a sua capacidade de resistência mental e adaptação sob grande pressão.
Já Jaime Faria apresenta um perfil técnico e bastante adaptável. Em relva, ele destaca-se por um serviço potente — capaz de produzir muitos ases — e por um bom rendimento nas trocas de bola graças à sua movimentação e técnica limpa. Faria também tem sido ativo em pares, o que mostra a sua capacidade de variar o seu jogo.
Por fim, Francisco Cabral, especialista em pares, tem uma abordagem muito cerebral às duplas. Trabalha bem com o seu parceiro, constrói pontos de forma estratégica, usa ângulos e tem bom timing na rede. A sua persistência e compreensão tática ajudaram-no a competir em torneios ATP de pares com regularidade.
Um apelo para os fãs
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Por que a Itália é um bom exemplo
A Itália é inspiradora para Portugal por ter passado por um período em que não tinha uma estrela dominante, mas mudou o jogo. Esse ponto de viragem aconteceu com Jannik Sinner, que se impôs como um dos melhores jogadores do circuito. Em 2025, Sinner defendeu com sucesso o título nas ATP Finals, vencendo Carlos Alcaraz por 7‑6(4), 7‑5.
Sinner é agora símbolo de que uma nação pode produzir talento de elite mesmo sem heróis históricos, se houver investimento, formação e persistência. O facto de ele ter conquistado as ATP Finals em casa (em Turim) reforça a ideia de que o apoio local e a crença nacional podem desempenhar um papel grande no sucesso.
Lições para o ténis português
Portugal poderia tirar várias lições da trajetória italiana:
1. Apostar na formação de jovens: o sucesso de Henrique Rocha mostra que apostar em talento jovem vale a pena. Mas é necessário criar mais infraestrutura, apoio e competição para que outros também possam subir.
2. Valorizar o ténis de pares: o feito de Francisco Cabral demonstra que Portugal tem potencial nos pares. Se houver mais parcerias e investimento nesta vertente, podemos ter mais jogadores a alcançar rankings elevados.
3. Construir apoio local: tal como Sinner beneficia de uma base de fãs na Itália, Portugal pode usar os eventos nacionais, clubes e torcedores para criar uma cultura do ténis que incentive os jogadores mais jovens.
4. Resiliência e longo prazo: construir um campeão exige tempo. O caminho de Sinner não se fez da noite para o dia, e Portugal precisa de manter uma visão de longo prazo, não apenas resultados rápidos.
Conclusão
Portugal já tem peças promissoras no seu ténis, com jovens como Henrique Rocha, talentos em ascensão como Jaime Faria e pares de nível elevado como Francisco Cabral. Se o país se inspirar na Itália — especialmente na forma como a nação apostou em Jannik Sinner e construiu um programa sustentável — há motivos para otimismo. O desafio será manter o investimento, dar suporte aos jovens e valorizar todas as vertentes do ténis nacional para transformar esses potenciais em resultados reais.


