Legislativas 2022: Combate às assimetrias regionais e políticas centralistas do atual governo faz parte das prioridades do programa do PSD
A construção de uma sociedade mais coesa e forte impõe um desenvolvimento equilibrado de todo o território nacional. É por isso que o combate às assimetrias regionais e políticas centralistas do atual governo faz parte das prioridades do programa do PSD, com medidas que o candidato a deputado Carlos Cação fez questão de sublinhar perante os autarcas dos municípios de Amares, Terras de Bouro e Vila Verde.
Num períplo pelo Vale do Homem em que se fez acompanhar pelos três presidentes de Câmara, Carlos Cação assumiu o compromisso para a defesa desta região, aproveitando para partilhar as estratégias de valorização e desenvolvimento das potencialidades e recursos endógenos dos territórios de baixa densidade, designadamente ao nível do ambiente e do turismo.
No oitavo lugar da lista de candidatos do PSD pelo distrito de Braga, Carlos Cação – que é autarca no concelho de Vila Verde e presidente da Associação Florestal do Cávado – destacou a atenção especial que Rui Rio, o candidato do PSD a primeiro-ministro, tem dedicado à descentralização efetiva.
As propostas de valorização ambiental e combate às alterações climáticas foram outras das apostas estratégicas sociais-democratas enaltecidas pelos autarcas Manuel Moreira, Manuel Tibo e Júlia Fernandes, que fizeram questão de explicar investimentos estratégicos nos três concelhos, como as vilas termais de Gerês e Caldelas e áreas ribeirinhas.
Do programa do PSD, Carlos Cação destacou ainda o recurso à investigação científica e à inovação para a valorização dos recursos endógenos do território, destacando “o enorme potencial que representa a água, a agricultura e a floresta”, assim como “os produtos únicos que o mundo rural produz, com qualidade uma marca de humanismo inigualável”.
Por um território mais equilibrado
Nesta ação de campanha com os responsáveis municipais de Amares, Terras de Bouro e Vila Verde, sobressaíram as queixas e as preocupações perante a desvalorização dos territórios de baixa densidade por força do “reiterado e crescente centralismo do governo PS”, com resultados desastrosos em termos de investimento e desenvolvimento – ao ponto de Portugal estar hoje ainda mais atrasado em relação aos restantes países da Europa.
Para um desenvolvimento e um território mais equilibrado, o PSD defende a criação de um quadro de incentivos à instalação de empresas em zonas do interior, além da desconcentração e descentralização de serviços públicos. Os sociais-democratas acrescentam ainda que “as novas entidades públicas a serem criadas deverão localizar-se preferencialmente fora das Áreas Metropolitanas de Lisboa e Porto”.
A proposta do PSD é sustentada também na evolução negativa da distribuição da população: nos últimos 70 anos, o conjunto dos distritos do interior passou de 30% para apenas 13% do total da população portuguesa. O país arrisca-se, a breve prazo, ter 90% da população a viver num terço do território.
O envelhecimento acentuado das populações do interior, a subutilização das infraestruturas, o fraco dinamismo empresarial e a limitada contribuição para a riqueza nacional, a vulnerabilidade dos solos e florestas e a desertificação de vastas zonas rurais são consequências da assimetria e do falhanço da prometida coesão nacional.