Maior número de vagas para médicos de família e em zonas carenciadas do país
O Governo publica hoje em Diário da República o despacho de autorização do procedimento de recrutamento médico para o preenchimento de 435 postos de trabalho na especialidade de Medicina Geral e Familiar (MGF). Do total de vagas a preencher, o maior número dos últimos anos, 216 situam-se na região de Lisboa e Vale do Tejo, 86 no Norte, 64 no Centro, 34 no Alentejo e 35 no Algarve.
Concluíram a 1º época de 2020 com aproveitamento 394 recém-especialistas de MGF e desde já diligencia-se a contratação destes médicos, permitindo a sua célere colocação na rede de cuidados de saúde primários.
O despacho apresenta a distribuição das vagas a preencher nas cinco Administrações Regionais de Saúde.
Incentivos para 185 vagas carenciadas
Foi também publicado em Diário da República o despacho que fixa os postos de trabalho médico nas zonas geográficas do país e especialidades definidas como carenciadas. O documento apresenta a distribuição das vagas, considerando as maiores necessidades identificadas em zonas como o Algarve, Alentejo, nordeste transmontano e as beiras alta e interior, de acordo com os critérios definidos na lei – níveis de desempenho assistencial, número de médicos face à densidade populacional da área abrangida pela unidade de saúde, a distância geográfica relativamente a outras unidades de saúde e a capacidade formativa dos serviços e estabelecimentos de saúde.
Reconhecendo ainda a assimetria geográfica na distribuição do pessoal médico, o Governo atribui um conjunto de incentivos aos profissionais que se candidatem a estes postos de trabalho, quer pela via da mobilidade, quer através da celebração de novos contratos: acréscimo da remuneração base de 40%, um reforço de dois dias de férias, a possibilidade de participação em atividades de investigação clínica e maior facilidade de mobilidade também para os cônjuges.