Mais de um terço dos Portugueses não vai vacinar-se
Mais de um terço dos portugueses afirmam não querer vacinar-se contra a covid-19 por não acreditarem na eficácia do medicamento que deverá chegar a Portugal em janeiro, segundo um estudo da Eurosondagem hoje divulgado.
À questão “quando houver uma vacina contra a covid-19, acredita nela e vai vacinar-se?”, 48,5% dos inquiridos respondem que “sim”, 37,2% “não” e 14,3% têm dúvidas, não sabem ou não querem revelar o que farão.
Neste estudo da Eurosondagem para o Porto Canal e o semanário Sol, a maioria dos entrevistados que se opõem à vacina são do sexo feminino (37,2%), contra 36,9% do sexo masculino.
Entre os homens a vacina tem mais apoio (49%) do que entre as mulheres (48%). A Eurosondagem não estratificou as respostas a esta questão por grupos etários.
Outra questão colocada na sondagem foi a recandidatura de Marcelo Rebelo de Sousa a Presidente da República, com 72% a responder que “fez bem”, 15,5% “não fez bem” e 12,5% a manifestar dúvidas ou não responder.
O estudo incluiu também uma questão sobre a “grande controvérsia entre as atuais operadoras de telecomunicações e a ANACOM sobre o 5G”. Nas respostas, só 15,2% dos entrevistados disseram concordar com “um leilão aberto a novos operadores”. A “melhoria e universalidade da atual rede móvel em 3G e 4G e voz” foi a opção escolhida por 65,5% dos inquiridos, com 19,3% a não responder.
No tradicional barómetro das legislativas, o PS continua na frente, com 38,8%, subindo quase na mesma proporção (2,4 pontos percentuais) da descida do BE (2,3 pontos percentuais) relativamente aos resultados das últimas legislativas.
O BE cai mais de um ponto percentual (1,1) relativamente à sondagem de novembro, o PS sobe 0,5 p.p. e o PSD 0,3 p.p.
O PSD recolhe agora 29,4% das preferências, o BE 7,2%, a CDU 5,3%, o Chega 5,2%, o CDS 2,5%, o PAN 2,0% e a Iniciativa Liberal 1,1%.
O estudo da Eurosondagem foi realizado entre o segunda e quinta-feira através de 1.020 entrevistas telefónicas validadas para fixos e móveis e tem um erro máximo de 3,07% para um grau de probabilidade de 95%.
Lusa