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Marinha Portuguesa usa medidor de espessura por ultra-sons para despiste de possível mina nos Açores

Mergulhador do Destacamento de Mergulhadores Sapadores n.º 1 (DMS1) da Marinha Portuguesa, a operar um medidor de espessura por ultra-sons, Multigauge 3000, do fabricante britânico Tritex NDT Ltd, avaliando, a 17 de Outubro de 2023, um objecto esférico, metálico, afundado junto ao Ilhéu de Vila Franca do Campo, São Miguel, na Região Autónoma dos Açores, Portugal.

 
Foto via Marinha Portuguesa

Após ter sido referenciado por mergulhadores recreativos na manhã do dia anterior, 16 de Outubro de 2023, a zona foi interditada e estabelecido um perímetro de seguraça em torno da mesma pela Capitania do Porto de Ponta Delgada e pela Polícia Marítima. Após o reconhecimento e avaliação efectuados pelos especialistas do DMS1 da Marinha Portuguesa, foi possível identificar o objecto como uma antiga bóia de amarração afundada. Afastada a ameaça de se poder tratar de uma mina marítima ou de outro engenho explosivo, foram, a 20 de Outubro de 2023, levantadas as restrições à navegação.

 
 

O Multigauge 3000 é um equipamento de medição de espessura de materiais, por ultra-sons, para uso subaquático, podendo medir de 1 a 250 mm. Na mão direita do mergulhador português está a sonda de medição ligada por cabo à unidade de leitura (na sua mão esquerda), com ecrã LCD multi-caracter (4 dígitos de 7 segmentos), de 10 mm de altura, retro-iluminado, onde pode consultar os valores medidos. Com uma duração de bateria de 55 horas de operação está certificado para uso até 500 metros de profundidade. Além dos dados observáveis directamente pelo mergulhador, o equipamento grava os mesmos em formato aberto, em memória interna, com marcação data-hora, e tem ainda associada uma consola de superfície.

O fabricante Tritex NDT (“Non-Destructive Testing”) Limited, fundado em 2007 em Dorchester, no Reino Unido, é especializado na produção em exclusivo de equipamento de medida de espessura por ultra-sons, de aplicação industrial e militar, para uso por mergulhadores ou à superfície e também por sistemas operados remotamente – seja em “drones” subaquáticos ou mesmo aéreos.

 
 


Artigo publicado em parceria com “Espada & Escudo”

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