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Melhor tese mundial sobre Qualidade é da Universidade do Minho

A Academia Internacional para a Qualidade (IAQ) distinguiu o investigador André M. Carvalho, do Centro Algoritmi da Universidade do Minho, com a melhor tese de doutoramento realizada nesta área, a nível mundial, em 2020. O prémio, designado Riccardo Dell’Anna Doctoral Dissertation Prize, é atribuído pela primeira vez a um português e vai ser apresentado em setembro, na conferência da IAQ.

 

O trabalho de André M. Carvalho é o primeiro a provar, na prática, que organizações com foco na qualidade e melhoria contínua conseguem resistir e prosperar em ambientes cada vez mais incertos e complexos. O estudo analisou dez organizações de Portugal e dos EUA e foi desenvolvido na Escola de Engenharia da UMinho, em Guimarães, no âmbito do doutoramento em Líderes para Indústrias Tecnológicas do Programa MIT Portugal.

 
 

O investigador já tinha sido laureado em conferências do MIT Portugal (2016), da IEOM Society International (2018) e da European Organization for Quality (2019). “Há um reconhecimento que foi sendo obtido à medida que o trabalho avançou, e, desta vez, tenho a grande honra de receber o prémio da IAQ”, diz André M. Carvalho. A IAQ nasceu há 50 anos nos EUA e junta profissionais, investigadores e executivos de todo o mundo, sendo ímpar na área.

Muitos estudos provam que as iniciativas de qualidade e de melhoria contínua nas organizações tendem a levar ao sucesso em ambientes estáveis. André M. Carvalho quis aplicar isso a ambientes instáveis, ou seja, aos tempos atuais, que têm desafios múltiplos e globais. “Confirmei que as empresas conseguem atingir o sucesso nestes ambientes se utilizarem o foco na qualidade para promoverem uma transformação cultural e, com isso, aliarem a procura pela qualidade com os princípios da agilidade”, justifica. Para o investigador, qualidade é “alinhar a organização com os requisitos do cliente e as necessidades da sociedade”.

 
 

Academia de referência na área

André M. Carvalho nasceu há 32 anos em Braga e vive em Lisboa. Fez o mestrado integrado em Engenharia e Gestão Industrial pela UMinho, com um período Erasmus no VIA University College (Dinamarca), o doutoramento em Líderes para as Indústrias Tecnológicas pela UMinho e pelo MIT (EUA) e um pós-doutoramento pela Universidade Técnica da Dinamarca. Teve ainda formações na Universidade de Ioannina (Grécia) e na Academia Militar. Foi também investigador visitante na Northeastern University (EUA), fundador do ASQ UMinho Student Branch (primeiro e único na Europa) e presidiu ao Núcleo Alumni de Engenharia e Gestão Industrial da UMinho. Além disso, colaborou nas empresas Bosch Car Multimedia, Logoplaste do Brasil e FOSS, trabalhando a qualidade em áreas desde a logística à transformação digital. É cofundador da Acesas Cultura e do Free Walking Tour Braga.

 

É hoje investigador do Centro Algoritmi e professor da Universidade Lusófona de Lisboa. A sua passagem pela UMinho “fez a diferença”, admite. “Tenho trabalhado em algumas das melhores instituições do mundo e nunca senti que estivesse menos preparado do que os outros colegas”, afirma. A UMinho tornou-se uma referência no ensino e investigação em Qualidade e Excelência Organizacional. É a única academia do país com uma conferência internacional na área (ICQEM), com um student branch, com um conselheiro português (Paulo Sampaio) no board da American Society for Quality (ASQ), e entre outros projetos, produziu um ranking mundial da Qualidade. Os cientistas afetos ao Algoritmi têm acumulado prémios (como a medalha Feigenbaum), projetos, publicações e participações em eventos, reforçando a ligação às empresas e à sociedade.

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