Metallica em Lisboa surpreendem fãs com tema dos Xutos e Pontapés
A banda norte-americana de ‘heavy metal’ Metallica surpreendeu na quinta-feira o público português ao tocar um tema do grupo de rock Xutos e Pontapés, num concerto de duas horas e meia, que correspondeu às expetativas dos fãs.
No segundo concerto da parte II da WorldWired Tour, a maior digressão de sempre do grupo de metal norte-americano, esgotado há quase um ano, os Metallica regressaram a Portugal 25 anos depois da primeira presença em solo português, na altura no antigo estádio de Alvalade.
Agendados para às 21:30, os Metallica subiram ao palco já muito perto das 22:00, entoando de rajada as novas “Hardwired” e “Atlas, Rise”, acompanhados com inúmeros telemóveis a filmar e a fotografar, tanto na plateia, com alguns clarões, como nos dois balcões completos.
Antes de “levantar” os milhares espetadores das cadeiras dos balções com a poderosa “Seek and Destroy”, James Hetfield soltou um “Olá Lisboa!” e prosseguiu: “Estamos muito felizes por estar aqui. Se vocês estão felizes nós também estamos”.
Em cima do palco, o cenário reproduzia o concerto através de cerca de 40 cubos suspensos, intercalado com imagens reais de homens a tentar sair dessas mesmas caixas, que subiam e desciam ao som das músicas. O terceiro tema agarrou a multidão e seguiram-se “Harvester of Sorrow” e “Welcome Home”, dos álbuns “And Justice for All” e Master of Puppets, respetivamente.
Preparando-se para entoar “Now That We’re Dead”, James já tinha rodado os vários microfones espalhados pelo palco 360º e voltou a dirigir-se ao público português, perguntando por quatro vezes: “Vocês estão vivos?”.
“Cidade linda. Vocês estão bem?”, questionou o vocalista, surpreendendo de seguida os milhares na arena num momento único, quando o concerto já ia em uma hora.
O guitarrista Kirk Hammett e o baixista Robert Trujillo fizeram os acordes e o público entoou o tema “Minha Casinha”, em homenagem à banda de rock portuguesa “Xutos e Pontapés” e ao falecido membro Zé Pedro.
Após o momento alto da noite, “Am i Evil”, “Creeping Death” e “Moth Into Flame” destabilizaram o Altice Arena por completo, com a última a ser acompanhada por dezenas de pequenos drones luminosos em círculo por cima do quarteto.
Em nova pausa, o vocalista elogia os fãs: “Temos três gerações aqui: os avós, os pais e as crianças”, destacando ainda o povo feminino que se encontrava na fila da frente, nomeadamente uma menina de 10 anos. A seguir retoma com “Sad Bad True”.
Já com a bandeira de Portugal em palco, a parte final da atuação não podia ter sido melhor, com a clássica e obrigatória nos concertos “One”, abrindo caminho para a desconcertante “Master of Puppets”.
“Spit out the Bone” antecedeu à mais melódica canção da banda, “Nothing Else Matters”, entoada, em uníssono, pela multidão com várias “lanternas” e “flashs”, encerrando com “Enter Sandman”, depois de mostrar a palheta da guitarra com as cores lusas e rematar com um: “Continuam vivos?’.
C/ Lusa